Os escoamentos mensais da pluma brasileira, da safra 22/23, seguem apresentando recordes. Para se ter ideia, de acordo com a Secex, em jun/24 o país escoou 160,41 mil t da fibra, alta de 59,22% ante o antigo recorde do mês (jun/21).
Diante disso, MT foi responsável por 69,31% dos envios de jun/24, exportando 111,19 mil t. Cabe destacar que o estado tem sido fundamental para o maior volume de pluma enviado ao mercado externo, uma vez que é o principal produtor de algodão do país. Em relação ao acumulado da safra até o momento (ago/23 a jun/24), MT já escoou 1,59 mi de t, aumento de 74,44% ante o mesmo período da safra 21/22.
Por fim, se o ritmo aquecido dos embarques permanecer em jul/24, o qual é o último mês do ciclo de envios da pluma da safra 22/23, o volume da fibra exportado poderá ser o maior da série histórica, superando o recorde da safra 19/20, que foi de 1,64 mi de t.
VALORIZAÇÃO: o preço Cepea da pluma fechou a semana em ¢ R$ 410,55/lp, aumento de 3,32% em relação à semana passada, pautado pela maior demanda pela fibra.
PROGRESSO: em MT, a colheita avançou 1,23 p.p. em relação à semana passada, atingindo, até o dia 05/07, 2,42% da área total projetada para o ciclo.
ELEVAÇÃO: a paridade de exportação do contrato de dez/24 registrou alta de 0,25% ante a semana passada, em decorrência da valorização da moeda norte-americana.
Em jun/24, a valorização do dólar impulsionou o aumento das cotações do algodão, refletindo no avanço das negociações da pluma mato-grossense
De acordo com o Imea, a comercialização da pluma da safra 23/24 atingiu 63,92% da produção total projetada, avanço de 3,07 p.p. em jun/24 ante mai/24. Já o preço médio negociado no mês fechou em R$ 132,36/@, elevação de 0,86% no comparativo mensal.
No que tange à safra 24/25, as negociações da pluma, em jun/24, alcançaram 18,57% da produção estimada, avanço de 4,74 p.p. ante o último relatório, com preço médio de R$ 135,85/@ (+7,70% ante mai/24).
No entanto, é importante salientar que, apesar dos progressos significativos nas vendas, elas ainda estão atrasadas em comparação à safra passada e à média dos últimos cinco anos, uma vez que, apesar do aumento nas cotações do algodão, os preços continuam em baixos patamares.
Por fim, com a maior oferta de pluma no estado, devido à colheita da safra 23/24, os preços tendem a exibir tendência baixista, o que pode limitar novas vendas neste período.
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Fonte: IMEA