MAIOR PRODUÇÃO DOS EUA
Segundo o relatório divulgado pelo USDA em set/23, a produção da safra 23/24 de milho dos Estados Unidos exibiu aumento de 0,15% quando comparado com ago/23, ficando estimado em 384,42 milhões de toneladas. Esse acréscimo na produção do país se deu em decorrência da maior projeção de área colhida e produtividade para a temporada futura. Dessa forma, com a produção do cereal aumentando e o consumo doméstico se mantendo em 313,45 milhões de toneladas, os estoques finais ficaram em 56,40 milhões de toneladas, incremento de 0,82% ante o último relatório (ago/23). Por fim, o mercado internacional esperava um movimento contrário, de queda na produção dos Estados Unidos e, com isso, no dia da divulgação do relatório (12/09), a CME-Group registrou retração de 1,70% e fechou cotada a ¢US$ 463,00/bu.
Confira os destaques do Boletim:
INCREMENTO: o preço do milho disponível em MT registrou valorização de 2,19% na última semana e ficou cotado a R$ 35,85/sc.
DESVALORIZAÇÃO: a paridade de exportação – jul/24 exibiu queda de 4,05% ante a semana passada, devido ao recuo dos preços na bolsa de Chicago.
RETRAÇÃO: o dólar apresentou redução de 1,38% no comparativo semanal, pautado pela divulgação de dados econômicos brasileiros e internacionais.
Em MT, o custo operacional efetivo do milho para a safra 23/24 ficou em 140,11 sc/ha (ago/23), de acordo com o Projeto Rentabilidade, Senar-MT
Assim, considerando o custo, a produtividade de 103,70 sc/ha e o preço comercializado de R$ 32,52/sc (ago/23), o Lucro, Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Lajida) do produtor modal ficou em -27,92 sc/ha. Quando comparado com a safra 22/23, a diferença é de -75,12 sc/ha. Para se ter ideia, a última vez que o Lajida ficou negativo foi na safra 17/18. No entanto, se o produtor aumentar o preço para R$ 37,52 sc/ha e obtiver um rendimento de 118,70 sc/ha é possível sair do “vermelho”, ficando com um Lajida de 5,34 sc/ha. Assim, já é esperado que o ciclo 23/24 seja desafiador, sendo necessário que o produtor tenha seus custos na “ponta da caneta”, aproveite as oportunidades de valorização no preço do cereal e relações de troca com insumos. Outro fator ainda indefinido, que pode influenciar no Lajida, é a produtividade das lavouras, que está em aberta.
Fonte: Boletim semanal n° 767 – Milho – Imea