A cotação da soja em Chicago voltou a subir 0,24% e dólar sofre a maior queda em mais de 6 semanas, caindo 1,22%, fechando em R$ 4,1193, fazendo com que os preços que os compradores ofereceram sobre rodas nos portos do sul do Brasil ou seus equivalentes em outros estados, tivessem expressiva queda de 0,99% para a média de R$ 89,18/saca, contra R$ 90,07, do dia útil anterior.

Com isto, o acumulado do mês devolveu parte dos ganhos, atingindo 2,79% contra positivos 3,82% do dia anterior. No interior, a queda foi menor, de 0,37%, para R$ 83,72/saca, contra R$ 84,03 do dia anterior, com o acumulado caindo para 3,52%, contra 3,91% anterior. Cenário da soja com mais dificuldade de previsão visto que estamos em plantio no Brasil, portanto, ainda dependente da área real que vai se conseguir plantar e da produtividade mediante ao clima, além das fortes oscilações do dólar nos últimos meses.

Os preços do mercado físico do Rio Grande do Sul se mantiveram em R$ 90,50, no porto. No mercado interno, Passo Fundo também se manteve em R$ 85,50, pagos pelas indústrias, mas em Ijuí o preço oferecido pelos exportadores também se manteve em R$ 85,50. Estima-se que a safra de soja do RS já esteja 80% negociada.

No Paraná, na região de Maringá e Londrina estima-se que foram negociados de 200.000 a 250.000 toneladas na semana, na faixa de R$ 83,00 e R$ 84,00. No MT foram negociadas 80.000 toneladas na semana, para a safra 2018/19, entre R$ 75,00 e R$ 82,00, conforme o dia e a localização. Já para a safra 2019/20, venda foi mais firme, tendo sido negociadas 150.000 toneladas, a preços entre R$ 72,00 e R$ 77,00.

Na Bahia o mercado encontra-se mais calmo no spot. Produtores visualizam vendas a R$80,00 a saca para Maio, acontecendo fechamentos de produtor para travar custos, porém, em menor volume do que o começo da semana quando já havia atingido esse mesmo patamar de preço. No começo da semana soubemos que foi rodado cerca de 20.000 tons no spot e 40.000 tons no futuro.

Em Goiás, os traders estimam que a comercialização da soja tenha atingido 95% para a safra 18/19 e 35% para a safra 19/20. Na semana foram comercializadas 61.400 toneladas de soja spot e 322.600 toneladas de soja futura. O plantio da safra nova já está em 11,46%, dos 3,5 milhões de hectares previstos.



China comprou soja brasileira, na semana seguinte ao acordo com os EUA, mostrando sua estratégia e interesse no Brasil

Falamos várias vezes que, mesmo com o fechamento do acordo da China com os EUA, ela iria usar as compras de soja brasileira como estratégia de negociação com os americanos e que continuará dependente do Brasil. A prova foi o seu comportamento desta semana em que comprou seguramente mais do que os 16 cargos desta quinta-feira, porque houve outros nos dias anteriores, tanto para soja disponível, quanto para a próxima safra.

A China esteve ausente nesta sexta, após ter fechado a compra de 16 cargos de soja brasileira para a próxima safra ontem, quinta-feira. Com isso, os prêmios da soja nos portos brasileiros para novembro se mantiveram estáveis, subiram 7 cents/bushel para fevereiro, subiram 5 para março, 4 para abril e 1 para maio, caiu 3 para junho e se manteve estável para julho. No mercado intermediário de Paper de Paranaguá negociou Março a +25H e junho e julho + 25N.

Os prêmios da soja brasileira CIF portos da China permaneceram inalterados para novembro, subiram 2 cents para fevereiro, permaneceram inalterados para março, subiram 2 cents para abril e maio, 1 cent para junho e 5 cents para julho. No porto chinês de Dalian o preço flat da soja-grão fechou a US$ 475,39/t, (475,65/t no dia anterior); o pellets de soja, fechou a US$ 426,24/t (423,93/t). O preço do óleo de soja, fechou a US$ 842,60 (843,06).

No mercado internacional, a soja e derivados apresentaram leves oscilações

Em Rotterdam, o principal porto não-China de demanda de soja e subprodutos, a soja-grão teve leve redução para US$ 384,10/t (US$ 385,70/t do dia anterior) para outubro; o pellets de soja, teve alta para US$ 370,00/t (367,00/t)/t afloat.

Os preços de alguns óleos vegetais, para o primeiro mês cotado, foram: o óleo de canola, para novembro, caiu para US$ 876,14/t (876,97)/t; o óleo de linhaça avançou para US$ 770,00 (767,50); o de soja, para novembro, teve leve queda para US$ 770,11 (770,13); o óleo de girassol, para dezembro, teve queda para US$ 727,50 (730,00) e o óleo de palma teve leve queda para US$ 567,50/t afloat (570,00).

Fonte: T&F Agroeconômica


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