De olho no valor bruto: O Imea divulgou a terceira estimativa de 2019 para o Valor Bruto da Produção (VBP) referente ao mês de junho, trazendo nesta nova perspectiva revisões, principalmente para o algodão de Mato Grosso.

Segundo o relatório, o novo panorama aponta uma alta de 3,48% em relação à última previsão de R$ 11,98 bilhões, sendo assim a nova projeção para a safra está prevista em R$ 12,39 bilhões.

Essa alta do VBP do algodão se dá em decorrência da melhora nos preços negociados até o momento, aliada ao aumento da estimativa de produção da pluma para a safra 18/19. Desta forma o algodão vem se destacando na agricultura do estado em 2019, se mantendo como o segundo segmento economicamente mais importante para MT.

Para os próximos relatórios, o fator preço poderá continuar influenciando na projeção do VBP, visto que a oscilação do dólar tem contribuído para isso.



Confira os principais destaques do boletim:

• As paridades de exportação encerraram a semana com queda de 2,02% e 2,24%, ficando
cotadas a um preço médio de R$ 79,06/@ e R$ 83,40/@, para os contratos jul/19 e dez/19, respectivamente, devido à baixa nas cotações de NY.

• Influenciada pelo fator político interno em torno da reforma da previdência, o dólar recuou 0,58%, sendo cotada a um valor médio semanal de R$ 3,84/US$.

• Os subprodutos mato-grossenses encerraram a semana com desvalorização de 4,08%, 0,03% e 1,48%, e a um preço médio semanal de R$ 377,89/t, R$ 490,25/t e R$ 2086,25/t, para caroço, torta e óleo, respectivamente.

• Em ritmo lento nesta semana, a colheita de algodão mato-grossense avançou 1,52 p.p. até sexta-feira (28/06), chegando a 2,22% da área colhida até o momento.

DIFERENÇA NEGATIVA: Foi publicada na sexta-feira (28/06) a estimativa de semeadura do algodão norte-americano para a safra 19/20. Segundo os dados do USDA, os cotonicultores
americanos estimaram cultivar a fibra em 5,55 milhões de hectares, sendo 2,70% abaixo do que foi visto na safra anterior.

Neste sentido, cinco estados produtores de algodão reduziram suas áreas, principalmente o Texas, maior produtor nos EUA, que deixou de plantar em 7,70% das áreas nesta nova perspectiva. Essa queda está ligada ao fator climático, que em alguns estados influenciou no início do plantio, atrasando assim a semeadura da fibra no país.

Caso se consolide esse cenário nos EUA, e as condições climáticas no país influenciar no processo de desenvolvimento das lavouras, o Brasil poderá se beneficiar, uma vez que a produção da pluma brasileira tem se intensificado a cada ano. No entanto, o destino da safra americana continuará incerto até o fim da colheita do algodão nos EUA.

Fonte: Imea

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