A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.
Algumas regiões implantaram áreas de soja na semana. Mais ao Sul do Estado, a operação avançou, de forma significativa, devido às condições de solo favoráveis. Ao Norte, a implantação foi realizada nos momentos de clima mais propício para a entrada nas lavouras. Os produtores efetuam o preparo das áreas. A estimativa inicial de área para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares implantados e de produtividade, 3.327 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, são previstos 1.098.900 hectares, tornando-se a maior em área com a cultura. Na Campanha, o retorno de volumes expressivos de precipitações, após 20 dias de tempo seco, foi benéfico para as lavouras em que os produtores encontravam dificuldades para a realização dos trabalhos de preparo do solo com grade devido aos baixos níveis de umidade no solo. Havia certa restrição de umidade também no que se refere às condições recomendadas para a execução do plantio das lavouras de soja em áreas de coxilha, em Candiota e Hulha Negra. Em Dom Pedrito, o plantio avançou para 15% da área total estimada, e as chuvas registradas, associadas à elevação das temperaturas, devem proporcionar boas condições de germinação e emergência das lavouras. Na Fronteira Oeste, o plantio iniciado em Maçambará atinge 2% da área total prevista. As condições de piso não estão ideais em razão do expressivo acumulado de chuvas, porém os grandes produtores necessitam iniciar o plantio com antecedência para sua conclusão dentro da janela do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). Em Manoel Viana, 6% da área já está semeada, porém o excesso de umidade, assim como a ocorrência de erosão em algumas áreas mais declivosas ou com reduzida cobertura vegetal, pode acarretar na necessidade de replantios. Em São Borja, o atraso na colheita das lavouras de trigo, ocasionado pelo clima chuvoso, implicará no retardamento do estabelecimento das lavouras de soja, que devem ser implantadas na sequência.
Na de Caxias do Sul, a semeadura foi iniciada em área inferior a 1% do esperado para a safra e deverá se intensificar nos próximos dias. Nos Campos de Cima da Serra, a semeadura em resteva de trigo se estende até meados de dezembro.
Na de Erechim, onde está prevista a implantação de 242 mil hectares, a cultura é a mais importante. O plantio deverá ser iniciado assim que as condições do clima forem favoráveis. Os produtores realizam a aplicação de herbicidas nas áreas a serem implantadas. Na de Frederico Westphalen, a semeadura está iniciando.
Na de Ijuí, iniciou a semeadura da cultura. Com a abertura do período recomendado pelo Zarc, foi iniciada a semeadura, mas em ritmo lento devido à alta umidade no solo; a operação está se concentrando nos municípios de Ibirubá, Santa Bárbara do Sul e Chiapetta. Nas lavouras semeadas, não houve emergência da cultura até o momento, pois o plantio foi efetuado entre sábado (20/10) e domingo (21/10). Os produtores dão continuidade ao preparo das áreas para a semeadura através da aplicação de herbicidas para dessecação das plantas de cobertura ou voluntárias.
Na de Pelotas, foram semeadas as primeiras lavouras em Herval e Amaral Ferrador. O percentual de plantio não atinge 1% da área prevista. Os produtores aproveitaram as boas condições do clima na semana de 08 a 14/10, sem chuvas e dias ensolarados, para realizar as dessecações pré-semeadura da soja. Nas áreas já dessecadas, os produtores conseguiram efetuar as primeiras semeaduras da soja. Essas atividades foram intensificadas principalmente nas áreas mais bem drenadas, localizadas em relevos ondulados, o que permitiu a entrada e o tráfego de máquinas e implementos. Algumas lavouras localizadas nas áreas de relevo plano ainda não permitem tráfego de máquinas. Os produtores seguem o planejamento do cultivo e as negociações de contratos de arrendamento, comodato e parcerias para implantar a safra, além da compra de insumos e da elaboração de projetos de custeio. Também são intensas as aplicações dos corretivos, aproveitando as condições do solo que permitem tais operações.
Na de Santa Maria, está em fase inicial o plantio em Tupanciretã, Santa Maria e municípios do Vale do Jaguari; a área plantada na região chega a 4,5%. A janela de plantio vai até janeiro e se intensifica normalmente no final de outubro e na primeira quinzena de novembro. O excesso de chuva tem atrasado a preparação das áreas de plantio, o que provocará consequente atraso no plantio das lavouras.
Na de Santa Rosa, ainda que o Zarc esteja aberto, as condições do tempo chuvoso não permitiram o avanço da área cultivada, que chega a apenas 1% da área estimada, aproximadamente 7.600 hectares. Nos dias possíveis para a entrada de equipamentos nas lavouras, os produtores aproveitaram para efetuar a aplicação de fertilizantes cloretados em superfície, visando adiantar operações e agilizar o processo de semeadura das lavouras. Espera-se o início da semeadura das lavouras tão logo o solo tenha condições de friabilidade satisfatória para a boa operação das máquinas.
As precipitações e seus grandes volumes preocupam os produtores da região em relação à realização de um plantio adequado e que garanta boa população de plantas e adequado desenvolvimento inicial. Os primeiros plantios que já germinaram tiveram danos e dificuldade de germinação e de crescimento inicial devido ao encharcamento do solo e à erosão laminar nas lavouras com declividade, que abriu sulcos e levou as sementes para as partes baixas das áreas. Provavelmente as lavouras precisarão ser ressemeadas, quando o tempo estiver firme e seco, e a umidade do solo adequada para os trabalhos de semeadura.
Na de Soledade, continua a elaboração de projetos de crédito e encaminhamento aos bancos. O valor do Valor Básico de Custeio (VBC) varia conforme a tecnologia utilizada mais frequente de R$ 3.500,00 a R$ 4.000,00/ha. As chuvas prejudicaram a implantação da cultura na semana. Conforme o Zarc, a semeadura se estende de 01/10 até 28/01.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 1,88% em comparação com a semana anterior, de R$ 134,26 para R$ 136,79. Em Cruz Alta, o preço é de R$ 144,00 para produto disponível.
Na região de Santa Rosa, a cotação ao produtor de subprodutos vendidos pela indústria para alimentação de animais foram: farelo de soja a granel por R$ 2.450,00/t.; e casca de soja a granel por R$ 1.050,00/t.
Fonte: Informativo Conjuntural n° 1786 – Emater/RS
