A área cultivada de milho no Estado é de 810.380 hectares. A produtividade atual está estimada em 4.440 kg/ha, representando redução de 39,49% em relação à projeção inicial.
A colheita ocorreu novamente de modo lento, evoluindo para 80%, pois os produtores continuam dedicados à atividade na soja.
A ocorrência de chuvas no Estado, de forma mais abrangente e em significativos volumes pluviométricos, melhorou o ambiente de condução das lavouras semeadas mais tardiamente. Em relação ao aspecto visual, percebe-se a coloração verde mais escura das plantas, gerando boas expectativas de produtividade. Contudo, essas lavouras dependem também da continuidade de temperaturas amenas e da não formação de geadas para encerrarem o ciclo e manterem o potencial de produtivo. No período, os ventos fortes acompanhados de precipitações no dia 29/03 causaram danos pontuais em lavouras já afetadas.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, favorecidas pelas chuvas recorrentes nas últimas semanas, as lavouras implantadas em janeiro e fevereiro apresentam bom desenvolvimento e se encontram em estágios reprodutivos, necessitando de manutenção do quadro climático para manter seu potencial de produção.
Na de Caxias do Sul, a produtividade estimada é de 6.781 kg/ha. A colheita prosseguiu lentamente, e os rendimentos permaneceram variáveis. A produtividade está próxima a prevista apenas em lavouras sem grandes restrições hídricas.
Nas de Erechim, Ijuí e Passo Fundo, a colheita permaneceu suspensa. A área colhida atinge 90%, 97% e 95% respectivamente nessas regiões. A retomada da operação acontecerá apenas após a finalização na soja.
Na de Pelotas, as chuvas favoreceram os cultivos semeados tardiamente para o autoconsumo da agricultura familiar, considerando-se a frustração da safra normal. A colheita evoluiu pouco e se deu conforme a necessidade de uso do cereal nessas propriedades.
Na de Santa Maria, as lavouras da safrinha apresentam um bom desenvolvimento, favorecidas pelo período mais úmido. No entanto, em São João do Polêsine, houve o acamamento de algumas lavouras de milho em decorrência de ventos fortes.
Na de Santa Rosa, 5% estão em fase de desenvolvimento vegetativo; 7% em floração/pendoamento; 1% está em enchimento de grãos; e 87% da área foi colhida. As perdas na produtividade atingiram 44%, obtendo-se 4.928 kg/ha, inclusive em lavouras de sequeiro e irrigadas. Apesar da quebra na safra do grão, observa-se uma tendência de queda nas cotações, o que favorece o consumo internamente à propriedade como base para alimentação de animais.
Na de Soledade, a ocorrência de chuvas mais abrangentes e de volumes satisfatórios, nos últimos dez dias, amenizaram a estiagem, e as lavouras de milho retomam o crescimento e o desenvolvimento. De maneira geral, as lavouras com implantação tardia melhoraram o aspecto visual, porém não recuperam as perdas, que já estão consolidadas em função da escassez hídrica nas fases iniciais de desenvolvimento.
Comercialização (saca de 60 quilos)
De acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, a cotação média do milho apresentou elevação de +1,26%, passando de R$ 76,42 para R$ 77,38.
Fonte: Informativo Conjuntural n° 1757 – Emater/RS