A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha.

O tempo mais seco e com longos períodos de insolação reduziu o teor de umidade nos solos, e a evolução da semeadura foi mais lenta a Oeste do Estado. Mesmo assim 47% da área estimada inicialmente já foi implantada. O estande das lavouras em germinação e em desenvolvimento vegetativo está adequado. Entretanto, ainda percebe-se que o desenvolvimento inicial das plantas é mais lento em função das baixas temperaturas ocorridas no período. Nas lavouras com precipitações insuficientes, o manejo de plantas daninhas e a adubação em cobertura foram adiados devido à baixa umidade nos solos, aguardando novas chuvas para serem efetuados.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de Maçambará concluíram a semeadura. Algumas lavouras sofreram com a ocorrência de geadas e frio nas semanas anteriores, e, no momento, já demonstram alguns sinais de estresse hídrico devido ao reduzido volume acumulado de chuvas durante setembro. O cenário é semelhante em Manoel Viana, com a redução do teor de umidade nos solos. O monitoramento de cigarrinha continuou sendo realizado, com menor quantidade de insetos capturados nas iscas adesivas.

Na de Caxias do Sul, a semeadura iniciou também nos Campos de Cima da Serra, porém ainda em pequena escala, pois os produtores temem a ocorrência de geadas tardias, que possam prejudicar as plantas emergidas. Na Serra e nas Hortênsias, o plantio prosseguiu em ritmo mais acelerado, e as lavouras apresentam boa germinação e desenvolvimento inicial.

Na regional de Erechim, 60% dos cultivos foram implantados, favorecidos pelas condições adequadas nos solos e pelas temperaturas um pouco mais elevadas.

Na de Ijuí, a semeadura da cultura ultrapassou 80% da área projetada. A operação teve prosseguimento, mesmo com a umidade dos solos abaixo da ideal, mas os produtores estão contando com as previsões de retorno das chuvas. As lavouras semeadas na primeira quinzena de setembro apresentam germinação e emergência desuniformes devido à baixa umidade nos solos. No entanto, não foi constatada a deterioração de sementes que não emergiram, permanecendo viáveis. As lavouras semeadas em agosto possuem bom estande de plantas, desenvolvimento mais lento e folhas com coloração verde-amarelada. Segue alta a infestação de cigarrinha, o que exigiu o monitoramento e o controle constantes.

Na regional de Passo Fundo, 40% das lavouras projetadas foram semeadas, encontrando-se em fases de germinação e desenvolvimento vegetativo. O restante da área já teve cobertura vegetal manejada, e o plantio será efetuado nos próximos dias. Já foi constatada a incidência de cigarrinhas.

Na de Pelotas, o cultivo está em início. Foram semeados 1,5% da área estimada, localizados em Amaral Ferrador, Herval, Pinheiro Machado, Rio Grande, São José do Norte e São Lourenço do Sul.

Na de Porto Alegre, prosseguiu a semeadura, iniciada na segunda quinzena de agosto, alcançando 25% da área estimada. Cabe destacar que os produtores ainda mantêm estocada parte da safra do plantio do tarde, ocorrido em 2021/2022. O produto apresenta dificuldades na comercialização devido à baixa qualidade, decorrente da recorrência de chuvas na ocasião da colheita. Esse fator deverá condicionar a redução em até 10% na área de plantio, com espaço destinado à cultura da soja.

Na de Santa Rosa, em função dos solos mais secos, o plantio aumentou apenas 1% e atingiu a proporção de 77% da área estimada. No aspecto fitossanitário, não foram relatados problemas significativos com cigarrinhas, denotando a eficiência no controle das infestações iniciais do inseto.

Na de Soledade, o predomínio de tempo firme e os teores de umidade nos solos ainda em níveis satisfatórios favoreceram a operação de plantio. Na média regional, as lavouras implantadas representam 35% da área estimada. Entretanto, nas regiões mais baixas do Vale do Rio Pardo, a área semeada alcançou 85%. Algumas lavouras já foram manejadas com inseticidas para o controle da cigarrinha, tendo em vista a elevada incidência do inseto-praga, que justificou a operação. Nas lavouras localizadas em regiões de baixas altitudes, os agricultores começam a realizar as adubações nitrogenadas em cobertura e o controle de plantas invasoras com herbicidas pós-emergentes.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio decresceu -0,24%, passando de R$ 84,02 para R$ 83,82. O produto disponível em Cruz Alta permanece em R$ 90,00.

 

Fonte: Informativo Conjuntural n° 1729 – Emater/RS



 

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