A produção sul americana de soja vem sofrendo reduções na safra 21/22, em função, principalmente, do impacto do clima no continente. Com relação ao Brasil, de acordo com os dados da Conab divulgados no último dia 10/02, a ocorrência do fenômeno “La Niña” – que atingiu a América do Sul neste ano – impactando nas precipitações e temperaturas na região sul do Brasil e em parte de Mato Grosso do Sul.
Esse cenário climático provocou uma redução de 15,03 milhões toneladas na expectativa de produção no Brasil, no comparativo entre as estimativas de jan/22 e fev/22. Para se ter ideia, só no sul do país a diminuição foi de 13,41 milhões de toneladas, no mesmo comparativo, resultando em uma produção de 125,47 milhões de toneladas no país.
Assim, com a redução da oferta no Brasil e em outros grandes países produtores da América do Sul, os preços da saca podem continuar subindo neste ano.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Aumentou: apesar da maior disponibilidade do produto no mercado, o preço disponível da saca vem se valorizando no estado, cotado na média de R$ 174,31.
- Chicago maior: após o corte na produção da América do Sul, divulgado pelo USDA, a bolsa de Chicago se manteve elevada nesta semana, cotada na média de US$ 15,81/bu.
- Dólar em queda: a expectativa de novas altas de juros no Brasil e a percepção de retornos mais atraentes no país influenciaram na queda de 1,20% no comparativo semanal.
Esmagamento de soja em janeiro bate recorde para o período em Mato Grosso, segundo o Imea.
Com o adiantamento da colheita no estado – que conta com 60,47% da área colhida até o momento (11/02) –, o processamento do grão exibiu aumento de 7,07% ante o mês de dezembro, resultando em 842,10 mil toneladas, maior volume observado no mês na série histórica do Instituto. Vale ressaltar que em dez/21 o indicador também já havia batido o mesmo recorde.
Desse modo, com a valorização da saca de soja no último mês, o complexo da soja acompanhou o ritmo de alta. O preço do óleo apontou acréscimo de 4,03% em jan/22, no comparativo com o mês anterior, cotado a R$ 7.308,33/t na média, o que favoreceu a operação nas indústrias.
Para se ter ideia, a margem bruta de esmagamento registrou alta de 9,24% em jan/22 ante a dez/21 estimada em R$ 633,73/t. Esse cenário, somado a maior oferta do grão, refletiu no aumento do volume processado no estado no último mês.
Fonte: IMEA
