O segundo semestre de 2025 marca o auge da estação de crescimento das lavouras americanas de grãos e oleaginosas, com o clima nas planícies férteis do Hemisfério Norte determinando o caminho de menor resistência dos preços.
Há também, atualmente, um movimento de aversão ao risco causado pelas tarifas que pode impactar o preço dos grãos, oleaginosas e todas as commodities agrícolas nos próximos dias, semanas e meses.
Essa análise acima é de Andrew Hecht, trader de commodities e analista da Barchart, empresa líder global em tecnologia financeira, fornecendo dados de mercado e serviços para os setores financeiro, de mídia e de commodities em todo o mundo.
De acordo com Hecht, os principais grãos e oleaginosas — milho, trigo e soja — estão sendo negociados em níveis baixos em comparação com as máximas de 2022, mas também apresentam um padrão de longo prazo, ao longo de várias décadas, de mínimas mais altas.
“O crescimento populacional significa que a produção deve acompanhar a demanda por alimentos em constante expansão das equações fundamentais. Além disso, a crescente demanda por biocombustíveis exerce pressão adicional de alta sobre os preços dos produtos agrícolas”, explica o analista da Barchart.
Hecht sinaliza que os futuros de grãos e oleaginosas têm potencial limitado de queda e potencial para uma alta explosiva.
O analista explica que os contratos futuros de óleo de soja subiram 16,97% no segundo trimestre e tiveram um incremento de 32% nos primeiros seis meses de 2025, fechando em 52,51 centavos de dólar por libra-peso em 30 de junho.
Outro fator importante é que o USDA aumentou sua previsão global de estoques de soja para o início e o fim de 2025/2026 no relatório WASDE de junho, indicando amplo estoque para atender à demanda mundial.
Fonte: Assessoria de imprensa Barchart