Na segunda semana do mês de abril encerrou o acompanhamento de colheita da soja safra 2021/2022. E deu-se início ao acompanhamento do desenvolvimento fenológico do milho 2ª safra 2021/2022. Neste período, foram contatadas empresas de assistência técnica, produtores rurais, sindicatos rurais e empresas privadas dos principais municípios produtores de soja e milho do Mato Grosso do Sul. As principais informações levantadas referem-se aos estádios fenológicos, pragas, doenças, plantas daninhas, clima, além de informações econômicas.
A estimativa para o milho 2ª safra 2021/2022 é de área 1,992 milhão de hectares, retração de 12,6% em relação a área da 2ª safra de 2020/2021. A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, gerando uma expectativa de produção de 9,34 milhões de toneladas.
Quanto ao clima, a semana passada foi marcada por precipitações e leve queda da temperatura em todo estado. As regiões mais prejudicadas pela ausência de chuva durante o desenvolvimento fenológico vegetativo do milho foram sudeste e sul-fronteira.
Visando conhecer as condições de desenvolvimento da 2ª safra de milho, cotidianamente os técnicos do Projeto SIGA-MS visitam as diferentes regiões de cultivo no Mato Grosso do Sul.
Durante as visitas aos produtores, os técnicos de campo da Aprosoja/MS analisam os diversos aspectos técnicos da lavouras de milho, procurando estabelecer sua potencialidade com base na área total cultivada na propriedade, classificando esta em ruim, regular e bom.
Por exemplo, para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem a perda produtiva em alto potencial. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucas moléstias por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade. Na tabela 1 pode ser observado as condições das áreas no estado de Mato Grosso do Sul.
Condições das lavouras de Milho segunda safra no MT:
Região Norte
- Municípios: Sonora, Pedro Gomes, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Bandeirantes, Rio Negro, Corguinho, Rochedo e Jaraguari.
- Estádio fenológico: entre V1 e R2 nas propriedades acompanhadas.
- Incidência de pragas: as primeiras infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
- Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
- Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região não possui histórico de geadas que comprometam a cultura do milho.
Região Nordeste
- Municípios: Alcinópolis, Costa Rica, Chapadão do Sul, Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Selvíria, Três Lagoas, Inocência, Água Clara, Paraíso das Águas e Figueirão.
- Estádio fenológico: entre V1 e R2 nas propriedades acompanhadas.
- Incidência de pragas: as primeiras infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
- Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico do milho em perfeitas condições, chuvas substâncias no plantio da cultura promoveram um bom crescimento das plantas. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
- Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, pois os prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região não possui histórico de geadas que comprometam acultura do milho.
Região Oeste
- Municípios: Corumbá, Aquidauana, Miranda, Anastácio, Bodoquena, Porto Murtinho, Bonito, Nioaque, Maracaju, Jardim, Guia Lopes da Laguna, Caracol e Bela Vista.
- Estádio fenológico: entre VE e R1 nas propriedades acompanhadas.
- Incidência de pragas: as primeiras infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
- Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
- Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas podendo comprometer a cultura do milho.
Região Centro
- Municípios: Dois irmãos do Buriti, Terenos, Sidrolândia, Campo Grande, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo e Brasilândia.
- Estádio fenológico: entre V3 e R3 nas propriedades acompanhadas.
- Incidência de pragas: as primeiras infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
- Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
- Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas podendo comprometer a cultura do milho.
Região Sul
- Municípios: Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti.
- Estádio fenológico: entre V2 e R2 nas propriedades acompanhadas.
- Incidência de pragas: as primeiras infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
- Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
- Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas severas podendo reduzir drasticamente o potencial da cultura do milho.
Região Sudoeste
- Municípios: Antônio João, Ponta Porã e Laguna Carapã.
- Estádio fenológico: entre V2 e R2 nas propriedades acompanhadas.
- Incidência de pragas: as primeiras infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
- Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
- Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas severas podendo reduzir drasticamente o potencial da cultura do milho.
Região Sul-Fronteira
- Municípios: Aral Moreira, Amambai, Coronel Sapucaia, Tacuru, Paranhos e Sete Quedas.
- Estádio fenológico: entre V3 e R1 nas propriedades acompanhadas.
- Incidência de pragas: as primeiras infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
- Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em boas condições. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
- Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas severas podendo reduzir drasticamente o potencial da cultura do milho.
Região Sudeste
- Municípios: Naviraí, Itaquiraí, Batayporã, Nova Andradina, Jateí, Eldorado, Anaurilândia, Iguatemi, Novo Horizonte do Sul, Bataguassu, Mundo Novo, Taquarussu e Japorã.
- Estádio fenológico: entre VC e R5 nas propriedades acompanhadas.
- Incidência de pragas: as primeiras infestações encontradas nas lavouras são cigarrinha (Dalbulus maidis), capim amargoso (Digitaria insularis), buva (Conyza spp.), percevejo barriga verde (Dichelops spp.) e lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) em baixa incidência.
- Condições das lavouras: até o momento, a maioria das lavouras da região possuem o desenvolvimento fenológico em condições ruins, devido as precipitações. No complexo de pragas, plantas daninhas e doenças se apresentam dentro do nível de controle.
- Produtores: estão apreensivos com as condições climáticas, prognósticos climáticos demonstram variação nas chuvas. A região possui histórico de geadas severas podendo reduzir drasticamente o potencial da cultura do milho.
Estimativa da 2º Safra de Milho 2021/2022
A partir da base de dados do projeto SIGA-MS foi realizado a projeção de área de milho 2ª safra 2021/2022. Os dados são originários de duas frentes, sensoriamento remoto através de imagens de satélite e pelo levantamento da equipe de campo. Esta sistemática vem sendo realizada a 11 anos.
A estimativa do milho 2ª safra foi desenvolvida através da média de área dos últimos 5 anos. Estima-se até o momento área plantada de aproximadamente 1,992 milhão de hectares, retração de 12,6% quando comparado a área da 2ª safra 2020/2021 que foi de 2,28 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, a média de sacas por hectare é considerada conservadora para potencial produtivo da cultura. Gerando em produção de 9,34 milhões de toneladas.
Alguns fatores devem ser observados:
- A alta demanda por grãos pode impulsionar o aumento da área.
- Prognóstico climático demonstra grande variação das chuvas ao decorrer da safra, produtor pode ter vários problemas ao efetuar a semeadura fora da janela
recomendada do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, em alguns solos argilosos podendo efetuar o plantio com 40% de risco até dia 31 março. - Muitos produtores optando por culturas que exigem menor demanda hídrica
Fonte: Aprosoja MS – Sistema Famasul