COLHEITA DE MILHO NOS EUA
Segundo os dados do USDA, a colheita de milho nos Estados Unidos para a safra 2023/24 avançou 14,00 p.p. no comparativo semanal, alcançando 59,00% do total da área projetada para o ciclo até o dia 22/10. Essa evolução dos trabalhos a campo está atrelada ao volume de áreas prontas neste período e ao clima, que até o momento tem favorecido o ritmo nas lavouras. Vale ressaltar que, o percentual colhido no país é igual ao observado no mesmo período do ano passado, no entanto, está 5,00 p.p. maior que a média dos últimos 5 anos. No que tange aos principais estados produtores, o Illinois e o Iowa alcançaram 70,00% e 62,00% das áreas estimada, respectivamente. Por fim, o avanço da colheita nos EUA tende a aumentar a disponibilidade do milho no país e pressionar os preços do grão na bolsa de Chicago, aumentando a competitividade do milho americano no mercado internacional.
Confira os destaques do Boletim:
DIMINUIÇÃO: o preço do milho disponível em MT apresentou retração de 1,57% quando comparado com a semana passada e fechou em R$ 35,00/sc.
RETRAÇÃO: o dólar exibiu recuo de 0,99% na última semana, devido às especulações dos agentes econômicos com o conflito no Oriente Médio.
QUEDA: o preço do milho na bolsa brasileira (B3) registrou desvalorização de 0,54% no comparativo semanal, puxada pelo enfraquecimento das exportações.
O relatório de O&D de milho para a safra 23/24, divulgado pelo USDA, em out/23, exibiu queda na produção dos EUA de 0,46% ante a set/23
A estimativa para a produção total foi de 382,65 mi de t. Essa redução foi puxada, principalmente, pela diminuição na produtividade, que ficou projetada em 180,97 sc/ha no último relatório. No que tange à demanda pelo cereal, o consumo doméstico do país registrou declínio de 0,20% no comparativo mensal. Além disso, as exportações dos EUA, para o ciclo 23/24, foram estimadas em 51,44 mi de t, recuo de 1,22% ante o mês passado. Essa retração nos envios se deve ao clima quente e seco no país, resultando na baixa dos níveis dos rios e o aumento dos custos nos transportes do grão pelas hidrovias do CentroOeste. Por fim, além do decréscimo na demanda e na produção, o Departamento revisou os estoques iniciais com queda de 6,22% no último mês, impactando nos estoques finais, que registraram diminuição de 4,94% em relação ao relatório anterior, totalizando 53,62 mi de t.
Fonte: Boletim semanal n° 772 – Milho – Imea
