Semeadura norte-americana: Os EUA já deram início aos trabalhos de campo de milho para a safra 19/20 e, de acordo com o USDA, o país alcançou 15% das áreas semeadas na última semana, o que representa um atraso de 12 p.p. ante à média das últimas cinco safras.
Tal retardo ainda se deve às adversidades climáticas, principalmente na região Meio-Oeste, onde o solo ainda apresenta excesso de umidade e temperaturas abaixo da média para o período. Além disso, têm sido relatadas adversidades logísticas nas entregas de fertilizante, devido as enchentes no rio Mississippi. Por outro lado, é importante pautar que, apesar dos atrasos iniciais, ainda há tempo hábil para que o país consiga semear dentro da janela ideal e a previsão de redução das chuvas em grande parte das regiões na próxima semana pode colaborar para os avanços dos trabalhos de campo.
Dessa forma, as melhores perspectivas colaboraram para que as cotações da bolsa de Chicago (jul/19) recuassem 2,37% na semana.
Confira os principais destaques do Boletim:
• O preço do milho em Mato Grosso finalizou a última semana com cotação média de R$ 22,75/sc e alta de 0,63%, devido ao aumento da demanda pelo cereal no mercado interno.
• Em reflexo da maior procura do milho nos portos brasileiros, o prêmio de exportação em Paranaguá (ago/19) avançou 14,29%, fechando a semana com cotação média de US$ 0,20/bu.
• Diante da cautela dos investidores quanto aos trâmites na reforma da previdência, aliada ao fortalecimento do mercado externo, o dólar operou com valorização de 1,03% e cotação
média de R$ 3,95/US$ na última semana.
• A base MT – CME exibiu acréscimo de 5,94%, em vista da valorização do milho disponível em MT e recuo nas cotações da Bolsa de Chicago.
O PESO DO FRETE: A ANTT publicou no dia 24/abr. a atualização da tabela de preços mínimos do frete rodoviário, após a cotação do diesel avançar 10,7% desde a última atualização, o que implicou um reajuste médio da tabela de 4,1%.
De acordo com o custo por km rodado divulgado na nova tabela, o frete mínimo entre Sorriso e Santos, considerando uma distância de 1.995 km para um caminhão de nove eixos, passou de R$ 276,9/t, conforme a tabela divulgada em jan./19, para R$ 292,1/t nesta nova atualização, o que representa um aumento do frete mínimo de 5,5%, sem contar com pedágio e outros custos.
O aumento do frete chama atenção do produtor mato-grossense, sobretudo para o milho, visto que, com a aproximação da colheita da safra 18/19, a relação frete/milho, em que se calcula quanto o preço do frete representa do preço do cereal – atualmente em 76,8%, tende a aumentar ainda mais neste período, podendo trazer um difícil cenário nos custos para escoar a nova safra.
Fonte: IMEA