Em março, o Brasil exportou 158,9 mil toneladas de arroz base casca e importou 78,7 mil toneladas. Sobre os preços comercializados, o Brasil vendeu o arroz branco beneficiado em uma média de US$ 483,37 a tonelada, enquanto os preços de aquisição, principalmente dos nossos parceiros de Mercosul, mantiveram-se em patamar inferior.
Sobre as compras brasileiras de arroz internacional em outubro, o Paraguai, maior exportador para o mercado brasileiro, comercializou 71,2 mil toneladas de arroz base beneficiado em uma média de US$ 333,63 a tonelada de arroz polido. Cabe destacar que o arroz paraguaio continua sendo direcionado, em sua maioria, para os mercados do sudeste brasileiro, com destaque para São Paulo e Minas Gerais.
Acerca do consumo, este foi consolidado nesta atual publicação em 11,2 milhões de toneladas para a safra 2016/17. Esse dado é estimado por meio do fechamento do quadro de suprimento, com a publicação do levantamento dos estoques privados de 646,84 mil toneladas, somados aos estoques públicos de 24,97 mil toneladas no dia 28 de fevereiro de 2018.
Para a safra 2017/18 e 2018/19, projeta-se uma retração do consumo interno, ficando em 11,2 milhões de toneladas para ambas as safras. Sobre a produção nacional, a safra brasileira de arroz 2018/19 deverá ser 11,7% inferior em relação à safra 2017/18, atingindo 10,7 milhões toneladas, volume abaixo da média histórica de 12 milhões de toneladas.
Essa retração da produção ocorre em razão da perspectiva de menor produtividade (adversidades climáticas) e de redução de área nos principais estados produtores. Sobre a balança comercial, esta encerrou com superavit de aproximadamente 865 mil toneladas na última safra em meio a preços nacionais baixos e um câmbio desvalorizado na maior parte do ano passado.
Já para a safra 2018/19, estima-se que ocorrerá uma reversão do superavit para deficit na balança comercial, pois a expectativa é de real mais valorizado, menor oferta do grão e, consequentemente, melhores preços internos ao longo de 2019.
Com base no cenário descrito, espera-se estabilidade nos estoques de passagem ao longo de 2018, estimando-se um estoque final de 710,8 mil toneladas, para a safra 2017/18 (fevereiro de 2019). Para a safra 2018/19, em meio a uma estimativa de menor produção, a projeção é de redução nos estoques para 525,6 mil toneladas (fevereiro de 2020).
Fonte: Conab