OFERTA E DEMANDA

Na última sexta-feira (11/08), o USDA divulgou o relatório de Oferta e Demanda (O&D) mundial da soja para a safra 23/24. Para a oferta global, a estimativa de produção ficou em 402,79 milhões de t, recuo de 0,62% no comparativo mensal. Essa redução está atrelada, principalmente, ao corte na produção da safra dos EUA, que, por sua vez, é reflexo da queda na produtividade aguardada para o país. Pelo lado da demanda mundial, a projeção de agosto apontou decréscimo de 0,15% no comparativo mensal, ficando estimada em 383,95 milhões de t, devido à menor importação dos países, como Bangladesh, Egito e Paquistão. Desse modo, com os ajustes na O&D, os estoques finais caíram 1,58 milhão de t, ficando em 119,40 milhões de t. Por fim, é importante destacar que a safra dos EUA segue incerta e os resultados das lavouras poderão influenciar significativamente no quadro de O&D mundial.

Confira os destaques do Boletim:

DÓLAR: o dólar exibiu valorização de 1,56% em relação à semana passada, e ficou cotado a R$ 4,91/US$ na média semanal.

SANTOS: prêmio Santos apresentou recuo de 12,24% quando comparado à semana passada, devido aos problemas climáticos no porto.

VALORIZAÇÃO: com a alta da soja em MT e o recuo em Chicago, o diferencial de base aumentou 3,74% no comparativo semanal, com diferença de -R$ 41,20/sc.

Segundo a Secex, o acumulado das exportações da soja em 2023 (até julho) em MT foram recordes, totalizando 24,65 milhões de t

Para jul/23, o escoamento da oleaginosa foi de 2,26 milhões de t, aumento de 40,01% em relação ao ano passado, caracterizando o segundo maior envio observado na série histórica de julho. Esse cenário é justificado, principalmente, pela produção volumosa no estado e a necessidade de abrir espaço nos armazéns. Por outro lado, apesar do volume expressivo de embarques até o momento em 2023, o que chama a atenção é a constante queda no valor médio pago pela soja em MT. Para se ter uma ideia, em jul/23 o valor médio dos envios fechou em US$ 489,50/t, queda de 0,85% em relação ao mês passado e 21,76% ante o mesmo período de 2022, pautada pelo “derretimento” no preço da soja. Por fim, espera-se que em ago/23 os envios do estado permaneçam aquecidos, devido à maior competitividade da oleaginosa no mercado internacional.

Fonte: Boletim semanal n° 762 – Soja – Imea



 

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