As exportações de milho dos portos brasileiros atingiram 6,61 milhões de toneladas em setembro, um aumento de 2% em relação às 6,46 milhões de tons movimentadas em setembro de 2019 e aos 6,48 milhões de tons em agosto, segundo dados oficiais divulgados na última quinta-feira.
Para a soja, as exportações atingiram 4,47 milhões de mt, queda de 28% em relação aos 6,23 milhões de mt de agosto e de quase 3% em relação aos 4,6 milhões de MT exportados em setembro de 2019. Os números do milho ficaram bem aquém da previsão acumulada da semana passada de 7,59 milhões de t, à medida que mais navios foram transferidos para outubro, enquanto as exportações de soja caíram exatamente na previsão da semana passada.
Ambos superaram as estimativas de setembro da associação brasileira de exportadores ANEC, que havia buscado 3,95 milhões de t de exportações de soja e 5,98 milhões de t para milho. Olhando para o futuro, o milho brasileiro está enfrentando outros centros de exportação cada vez mais competitivos como o Up River e Ucrânia, juntamente com um preço doméstico cada vez maior à medida que a demanda por ração e milho por etanol aquece.
O Instituto de Pesquisas Cepea da Universidade de São Paulo calculou o milho spot doméstico em R$ 64,22 por saca de 60 kg quinta-feira (US$ 189,66/mt), ante R$ 59,01 um mês antes. Os preços domésticos se mantêm em níveis recordes.
Espera-se que as exportações de soja continuem desacelerando com a maior parte da safra 2019/20 agora vendida e os preços domésticos também batendo novos recordes. Os preços domésticos da soja FAS em Paranaguá foram avaliados pela última vez em R$ 156 por saca de 60kg (US$ 460,72/t), ante R$ 87 um ano antes.
Desde fevereiro deste ano, o Brasil exportou 83,4 milhões de mt de soja até o momento, já superando as expectativas de 82 milhões de mt para todo o ano de comercialização que foram flutuados no final do mês passado.
Fonte: T&F Agroeconômica