A montadora de maquinário agrícola de alta potência Fendt chega animada para sua primeira Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Após a inauguração de sua concessionária de Passo Fundo (RS) no ano passado, a marca notou um aumento da expectativa do público da região para o contato na feira.

   Em entrevista à Agência SAFRAS, o diretor de vendas da Fendt na América do Sul, José Gali, projetou bons volumes de negócios, sem falar em valores. Mesmo que haja o desafio da falta de chuvas comprometendo a safra gaúcha de verão, os produtores do estado vêm de uma boa safra de trigo no ano passado, o que favorece a capitalização. “A expectativa é grande”, comemorou.

     A Fend chegou ao Brasil em 2019 e se posicionou no segmento de grande porte, com foco no Cerrado. Em 2022, a empresa iniciou sua expansão com o Rio Grande do Sul e, para 2023, já projeta chegar com concessionárias no Paraná, em São Paulo, em Santa Catarina e no Paraguai. “Nos preparamos para trazermos um portfólio maior, com equipamentos de menor porte que vão atuar nessas regiões”, disse Gali.

     Segundo ele, os resultados que a montadora projetava para 2026 foram entregues já em 2022. “Agora estamos acelerando para crescer ainda mais”, afirmou. Em 2023, a Fendt deve chegar a 30 lojas no Brasil. Nos próximos cinco anos, o número deve chegar a 70.

PRO Carbono

     Na Expodireto, a Fendt, em parceria com o banco AGCO Finacne e a Bayer, anunciou a entrada no programa PRO Carbono, que visa incentivar a produção sustentável. Os produtores clientes da Fendt que aderirem ao programa, se adequando às diretrizes de sustentabilidade terão acesso a linhas de crédito com 100 milhões de euros disponíveis com taxas cerca de 10% mais competitivas do que as condições do mercado.

     Gali destacou que a marca não está preocupada com o impacto do programa sobre seus negócios. O mais importante seria que o público reconhecesse o engajamento da empresa com projetos de agricultura sustentável. “Entendemos que nossos produtos estão muito bem posicionados no mercado”.

     Sobre o crescimento do setor, ainda que haja dúvidas e que a Fendt não faça projeções particulares para o ano, Gali entende que o mercado de máquinas de alta potência, na qual a marca está inserida, deve crescer, e a Fendt deve crescer em linha com isso. Ele ressalta que o público consumidor do segmento é composto de produtores menos dependentes dos recursos do governo e ainda tem espaço para ampliação no Brasil.

     A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea), projeta alta de 2,5% para o setor, de um modo geral. O sentimento da Fendt é o mesmo das demais montadoras ouvidas pela Agência SAFRAS durante a feira: otimismo.

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Autor/Fonte: Gabriel Nascimento  / Agência SAFRAS

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