Entre os macronutrientes primários, o fósforo é o que é absorvido em menores quantidades que os demais, no entanto, sua presença no solo é indispensável para o crescimento e produção vegetal. Ele interfere nos processos da fotossíntese, respiração, armazenamento e transferência de energia, divisão celular e crescimento das células. Além disso, contribui para o crescimento prematuro das raízes, qualidade de frutas, verduras, grãos e formação das sementes.
Contudo, o fósforo é o nutriente com maiores limitações em solos tropicais. Para cada tonelada de soja produzida, são extraídos do solo pouco mais de 15 kg de P2O5, dos quais 65%, ou seja, em torno de 10 kg de P2O5 são exportados para os grãos.
Veja também: O legado do fósforo
De uma maneira geral, em solos tropicais, ricos em óxidos de ferro e alumínio, os teores de fósforo são muito baixos. O fósforo é fixado de forma pouco reversível nesses óxidos, tornando-se indisponível para as plantas. Por essa razão, em áreas de abertura a correção dos teores de P representa um dos passos mais importantes para a construção da fertilidade do solo.
Dessa forma, quanto maior o teor de argila e maior o teor de óxidos de Fe e Al nessa argila, maior será o potencial do solo em fixar (adsorver especificamente) o fósforo. A calagem é fundamental para reduzir a adsorção específica de P nos solos, pois os óxidos de Fe e Al podem assumir carga residual positiva ou negativa em função do pH.
As fontes solúveis de P têm respostas significativamente maiores que fontes de baixa solubilidade ou parcialmente solúveis. O mais importante na escolha da fonte é calcular o custo por unidade de P2O5 colocada na propriedade. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, as fontes mais concentradas têm mostrado maior competitividade, destacando-se o monoamônio fosfato (MAP) e o superfosfato triplo.
Essas matérias primas estão sendo mais econômicas do que as formulações fechadas, sendo preferidas pelos produtores. Uma dificuldade tem sido a aplicação de micronutrientes, quando se utilizam as matérias primas. Formulações fechadas geralmente apresentam custos mais elevados, mas podem trazer como vantagem a possibilidade de mistura com micronutrientes nos grânulos. A mistura de grânulos de diferentes matérias primas deve ser evitada, pois há segregação dos grânulos durante a aplicação, o que acarretará heterogeneidade de distribuição na área.
Veja na tabela abaixo, um resumo das principais fontes de P.
Tabela 1. Diferentes fontes de P disponíveis no mercado e teores de P2O5 solúveis (tabela elaborada pela fundação MS)

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