As cotações do milho no mercado futuro de São Paulo abriram a semana com sinais trocados. O contrato de novembro fechou em queda de 0,10%, para janeiro teve alta de 0,23%, 0,46% para março, de 0,02% para maio e se mantiveram estáveis para julho e para setembro. A queda das cotações do milho tem duas causas:
- os preços ultrapassaram o limite do nível de custo das fábricas de ração, que fazem toda a pressão possível para mantê-los dentro da sua viabilidade econômica;
- a queda do dólar e das cotações de Chicago tiram a exportação da competitivde do mercdo brasileiro que, assim, permitem aos compraores locais oferecerem preços menores para viabilizar o item a.
Nossas recomendações continuam as seguintes:
PARA HEDGERS: A curva de preços rompeu o nível de suporte e registra que é hora de realizar os lucros dos contratos comprados há um mês ou mais.
PARA INVESTIDORES: O mercado futuro de milho iniciou a semana com leve alta, de 0,39%, recuperando parte da queda de sexta-feira, e levando a variação mensal a uma queda de 0,62%.
Chicago: Vendas fracas, clima adequado pressionaram as cotações
O contrato de dezembro de milho fechou, novamente, com queda de 6,00 cents/bushel nesta segunda-feira, a US$ 383,25/bushel, contra US$ 389,25 do dia anterior. O volume estimado de contratos negociados foi menor, 131.680, contra 133.939 no dia útil anterior e os contratos em aberto (Open Interest), do dia anterior, ficaram em 678.041, contra 674.573, no dia útil antecedente.
Os contratos de milho perderam força nessa sessão, fechando em US$ 151 / tn. Com o avanço da colheita nos EUA, o mercado concentrou a atenção na evolução das condições climáticas. Nesse sentido, os mapas não oferecem grandes ameaças de chuva nos próximos dias. Outro elemento que agrega fraqueza é o fraco desempenho da demanda externa nos últimos dias.
Nesta segunda, o relatório de remessa indicou um volume de 0,27 MT, quando o mercado esperava uma faixa de 0,4 a 0,65 MT. O relatório semanal de inspeções de embarques, do USDA, revelou que 275.575 tons de milho haviam sido embarcados no período, uma redução de 78,56% em relação à mesma semana do ano passado. As exportações acumuladas de milho para 2019 também foram péssimas, agora 37,6% do último ano, com 3,753 MT.
O mercado esperava que o relatório de progresso da colheita do USDA mostrasse que 50-59% do milho estava colhido, mas registrou forte atraso: 52% colhido, contra 74% do ano passado e 75% de média dos últimos 5 anos.
Fonte: T&F Agroeconômica