A imagem brasileira frente aos países mundo afora foi tema de debate entre os membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, durante reunião remota ocorrida nesta terça-feira (2). A preocupação em desconstruir as inverdades propagadas sobre o agronegócio nacional pelo planeta, e também dentro do país, foi compartilhada entre os deputados, senadores e o ministro Ernesto Araújo.

Para o representante do Itamaraty, o estereótipo de que o Brasil destrói a Amazônia é ruim ao país em diversas vertentes e não apenas na venda de produtos agrícolas. Segundo Ernesto Araújo, “infelizmente os problemas de imagem que enfrentamos existem também aqui dentro, com a propagação de ideias inverídicas. E isso complica a nossa relação com as outras nações.”

Ernesto completa ao dizer que “nosso desafio de imagem é mais complicado do que uma transmissão de informação. Não estamos trabalhando com a falta de informação e sim com a desinformação, com informações falsas.”

Por sua vez, o presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR), citou a responsabilidade da Frente em “cuidar daquilo que suporta este país”, diante dos resultados obtidos pelo agronegócio nos últimos anos, com superávits recorrentes do setor – mesmo durante a pandemia, o Brasil registrou crescimento de quase 20% no PIB em 2020 (CNA). “Sabemos da importância que é a produção de alimentos hoje e no futuro. Para conseguir avançar na produtividade e produção precisamos de segurança jurídica e de melhorar a imagem do Brasil no exterior”, pontua o deputado.

O ministro Ernesto Araújo tratou ainda de questões referentes à produção brasileira de energia renovável, com ênfase ao biocombustível – inclusive com a ampliação do uso de etanol junto à gasolina como forma de diminuição do uso de combustíveis fósseis e decorrente prejuízo ao meio ambiente. E encerrou parabenizando a atuação da FPA em ações importantes para o setor com implicação dentro e fora do país.

“A ratificação do Protocolo de Nagoia para a valorização do nosso recurso genético e também do Protocolo de Nairóbi, que trata da eliminação dos subsídios no comércio internacional de produtos agrícolas, são muito importantes para o Brasil. A atuação da FPA no Congresso Nacional foi muito importante para conseguirmos regulamentar o acesso a esse processo.”

Protocolo de Nairóbi

O protocolo de Nairóbi aumenta a competitividade do agro brasileiro frente aos demais países produtores e tem previsão de análise do Senado Federal nesta terça-feira (2) para ratificação do documento e subsequente promulgação do decreto, que oficializa a participação brasileira no acordo estabelecido pelos membros da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2015.

Fonte: FPA

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