O Imea atualizou o volume de soja esmagada no Estado de Mato Grosso e, segundo o levantamento mensal, o total no mês de abril foi de 896,60 mil toneladas. Este volume foi 4,24% menor que o registrado em março, enquanto que, quando comparado ao de abr/18, houve uma diminuição de 0,91%.

Este recuo na quantidade processada pode ser fundamentado pelas paradas de algumas fábricas para a realização de pequenas manutenções durante o mês. Já no que se refere à margem bruta de esmagamento em abril, o indicador fechou 4,78% maior se comparado com o fechamento de março.

Em abril, o preço do farelo fechou com desvalorização de 2,34%, enquanto o óleo recuou 4,57%. Apesar disso, o fator que teve maior peso para o aumento da margem bruta foi a queda de 4,10% na cotação do preço da soja durante o mês, impactada diretamente pelo recuo das cotações do grão na bolsa de Chicago-CME.

Confira os principais destaques do boletim: 

• Na última semana, o indicador Imea-MT fechou com uma cotação média de R$ 61,96/sc, alta de 3,45% quando comparado com o fechamento da semana anterior. Além da alta no dólar, a demanda pela soja brasileira segue firme.

• Após ter atingido as mínimas na semana anterior, o contrato corrente da bolsa de Chicago teve uma correção e encerrou a semana com valorização de 0,66%, média de US$ 8,28/bu.



• A moeda norte-americana fechou com uma média semanal de R$ 4,02/US$, alta de 1,57%. Além do fator da guerra comercial EUA x China, a tensão política nacional vem preocupando os players.

• Assim como na semana passada, o prêmio corrente para o porto de Santos-SP continua subindo. Desta vez, atingindo US$ 0,89/bu, elevação de 20,92%.

ATRASO:

O USDA atualizou os dados referente ao progresso da semeadura da soja da safra 19/20 nos EUA. De acordo com o relatório, a semeadura no país avançou 10,00 p.p. e chegou a 19,00% da área, 34,00 p.p. abaixo da safra passada e também da média dos últimos cinco anos para o mesmo período.

O atraso é justificado pelo clima muito úmido, o que torna as condições desfavoráveis para as atividades no campo. Este cenário acaba afetando também a semeadura do milho que ocorre simultaneamente, o que poderá impactar inclusive no tamanho da área de ambas as safras.

Isto é possível devido ao fato de a janela de semeadura do milho ser menor que a da soja, fazendo com que o produtor norte-americano decida semear a oleaginosa em detrimento do cereal, a fim de diminuir os riscos de uma semeadura fora da janela. Com isso, a área estimada em 34,23 milhões de hectares ainda pode sofrer alterações, o que poderá pressionar os preços do grão.

Fonte: IMEA

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