A quarta estimativa de 2020 para oferta e demanda da pluma em MT trouxe ajustes nas projeções para as safras 19/20 e 20/21. Na safra disponível, a oferta da pluma ficou prevista em 2,23 milhões de t, avanço de 5,64% no comparativo com o relatório passado.
A principal modificação do lado da demanda veio nas exportações, que apresenta um incremento de 8,25% ante ao relatório anterior, pautado pela flexibilização do distanciamento social em vários países – principalmente os maiores consumidores da fibra, aliado à negociação antecipada para a safra e o dólar fornecendo suporte aos preços.
Já na safra futura, a perspectiva ainda é de redução na oferta da pluma no estado, queda de 17,10% em relação à safra passada. Assim, com a oferta menor e as incertezas quanto à demanda pela pluma no exterior, a projeção da exportação para a safra 20/21 foi mantida em 1,24 milhão de toneladas. Para saber mais acesse aqui.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• O indicador Imea-MT recuou 3,45% em relação à semana passada, ficando cotado a um preço médio de R$ 122,97/@, devido à desvalorização do dólar.
• As cotações na bolsa de NY (ICE) avançaram 1,85% e 1,00% para os contratos de jul/21 e dez/21, a ¢US$ 74,70/lb e ¢US$ 71,83/lb, respectivamente.
• Devido à expectativa de manter a taxa básica de juros em 2% ano, a moeda norte americana recuou novamente esta semana, ficando cotada na média de R$ 5,11/US$.
• Os subprodutos do algodão em Mato Grosso avançaram na última semana, com variações de 1,78%, 3,67% e 4,92%, para o caroço, a torta e o óleo, cotados a R$ 1.236,93/t, R$ 1.301,14/t e R$ 5.468,78/t, respectivamente.
Mundo:
O relatório de oferta e demanda da pluma mundial divulgado na última quinta-feira (10/12) trouxe movimentação de alta no preço (NY). A produção mundial da fibra para a safra 20/21 recuou 1,90% no comparativo mensal, estimada em 24,80 milhões de t – reflexo do corte na produção dos EUA, devido aos problemas climáticos no país.
Já o consumo global aumentou 350 mil t na projeção de dezembro, ficando aguardado um total de 25,18 milhões de t – ultrapassando pela primeira vez a produção esperada para a safra. A alta na demanda está atrelada ao país chinês, que expandiu a perspectiva de consumo em 1,35% em relação ao relatório de novembro.
Ademais, com o corte na produção e o avanço do consumo, o estoque final recuou 3,89% no comparativo com o relatório anterior, estimativa está menor que o visto na safra 19/20. Apesar das projeções, o mercado ainda aguarda os impactos da segunda onda da Covid-19, além das definições quanto ao andamento da vacina no mundo.
Fonte: IMEA