CONDIÇÕES DAS LAVOURAS
Segundo o relatório do USDA das condições das lavouras dos EUA, as áreas de milho da safra 23/24 do país até 21/08 estão com 58,00% em condições boas e excelentes, uma queda de 1,00 p.p. ante a semana passada. Ainda, na maior parte do desenvolvimento das lavouras, as condições boas e excelentes estavam piores do que o mesmo período da safra 22/23, mas na última semana foi 3,00 p.p acima. Assim, com a aproximação do início da colheita do cereal, as condições climáticas são fatores essenciais para a definição do rendimento final da safra. Vale destacar, que em ago/23 o USDA já revisou para baixo a estimativa de produção em função do cenário negativo no país. Sendo assim, se a tendência de recuo na qualidade das áreas persistir nas próximas semanas, será um ponto de atenção quanto à revisão da produção nos próximos relatórios de oferta e demanda estadunidense.
Confira os destaques do Boletim:
VALORIZAÇÃO: a moeda norte-americana apresentou acréscimo de 1,60% ante a semana passada, e ficou cotada a R$ 4,99/US$.
INCREMENTO: em Mato Grosso a colheita do milho da safra 22/23 atingiu 100,00% do total da área no dia 18/08, avanço de 1,17 p.p. no comparativo semanal.
QUEDA: a CME-Group contrato corrente exibiu redução de 1,87% na semana, devido à melhora nas condições das lavouras dos EUA.
O Imea divulgou no dia 15/08 os dados de custo de produção do milho da safra 23/24 em MT do Projeto Rentabilidade, Senar-MT
Segundo o relatório, o custeio de jul/23 ficou em R$ 3.368,08/ha, retração de 0,70% ante a jun/23. Esse declínio foi impulsionado pela diminuição no custo com operações mecanizadas, defensivos e fertilizantes de 3,00%, 0,88% e 0,87%, respectivamente. Dessa forma, com o ajuste no custeio, aliado ao recuo nas despesas com arrendamento, o custo operacional efetivo (COE) ficou em R$ 4.588,18/ha, 0,74% a menos que em jun/23. Apesar da queda no COE, o preço comercializado do milho no estado registrou desvalorização de 0,89% em jul/23, e finalizou o mês na média de R$ 31,22/sc. Assim, para cobrir o COE o produtor precisa negociar seu cereal a pelo menos R$ 40,42/sc, 22,76% menor que o preço comercializado de jul/23. Por fim, com as despesas maiores que as cotações no estado, as incertezas aumentam em relação a novos investimentos para o próximo ciclo.
Fonte: Boletim semanal n° 763 – Milho – Imea
