Segundo os dados de comercialização do Imea para MT, 77,89% da produção esperada para a safra 21/22 já foi comercializada, avanço mensal de apenas 2,17 p.p.

Esse cenário é pautado, principalmente, pelos impactos registrados na produtividade da fibra, que, em conjunto com a desvalorização no preço da pluma na bolsa de NY em jul-22 ante a jun-22, deixaram os cotonicultores receosos em fechar novos negócios.

Em relação à safra 22/23, as negociações avançaram 2,67 p.p. no comparativo mensal, atingindo 43,07% da produção estimada para o ciclo. Assim, é possível observar uma desaceleração nas negociações para a safra futura, pautada principalmente, pelo declínio de 15,43% no contrato de dez-23 da fibra na bolsa de NY, que pressionou as cotações no estado e desmotivou os produtores a travarem novos negócios.

Para ver o relatório na íntegra clique aqui.

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • Alta: em resposta às preocupações com a oferta da pluma para o próximo ciclo, o contrato jul/23 apresentou incremento de 1,54% na semana, cotado na média de ¢ US$ 89,10/lp.
  • Acréscimo: reflexo do aumento dos preços na bolsa de NY, a paridade jul/23 apresentou alta de 0,26% em relação à semana passada, cotada a R$ 175,36/@.
  • Incremento: a torta de algodão disponível apresentou alta de 0,38% no comparativo semanal em Mato Grosso, precificada na média de R$ 1.594,68/t.

O ciclo (ago-21 a jul-22) de exportações brasileiras da safra 20/21 de pluma se encerrou no último mês.

De acordo com os dados da Secex, o Brasil exportou 1,68 milhões de t neste acumulado, volume 29,82% menor que a safra passada, devido a menor produção no país. No que tange a MT, o estado foi responsável por 72,05% do volume total embarcado, recuo de 26,38% ante a safra 19/20.

Este cenário foi pautado pela diminuição da produção estadual, quando comparada com a safra passada, em conjunto com a menor demanda chinesa, que sozinha tem uma participação de 26,63% dos embarques de MT, importando 322,88 mil t nesta safra, 47,88% a menos que o acumulado da safra 19/20.

Assim, para o ciclo de exportações da safra 21/22, que se inicia neste mês, é esperado um volume 19,88% maior que o exportado na safra 20/21, já que a demanda estadual tende a ser intensificada, pois grandes países exportadores da fibra tiveram a produção comprometida. Por fim, o adiantamento da colheita no estado pode aumentar o ritmo dos envios nos próximos meses.

Fonte: IMEA

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