Segundo os dados de exportação divulgados pela Secex, no mês de mai-22, MT exportou 62,28 mil toneladas (t) de pluma e com isso alcançou 1,16 milhão de t no acumulado da safra 20/21 (de ago-21 a mai-22). Assim, o estado foi responsável por 72,43% dos embarques nacionais de pluma para esse ciclo.
Esse volume é 24,17% inferior ao exportado no acumulado da safra 19/20, reflexo da menor produção na temporada. Os principais consumidores da fibra mato-grossense, no período analisado, foram a China (320,08 mil t), Vietnã (198,74 mil t) e a Turquia (157,15 mil t), que juntos representam 58,32% dos embarques de MT.
Assim, com a colheita da safra 21/22 iniciando no estado, somada às incertezas quanto à produção nos EUA, que pode impactar a demanda brasileira, os envios de MT tendem se intensificar em ago-22. Por fim, é esperado que o estado exporte 1,52 milhão de t de pluma da safra 21/22.
Confira os principais destaques do boletim:
- QUEDA: o preço da pluma Imea exibiu redução de 0,83% no comparativo semanal, cotado a R$ 250,65/@ em Mato Grosso. O resultado reflete o movimento dos preços na bolsa de Nova York.
- REDUÇÃO: reflexo das incertezas no que se refere à economia global, o contrato de dez/22 da pluma demonstrou baixa de 1,74% ante a semana passada, cotado a ¢ US$119,78/lp.
- BAIXA: devido à desvalorização nas cotações da bolsa de NY, o preço da pluma Cepea exibiu recuo de 0,81% no comparativo semanal, precificado a ¢ R$ 769,84/lp.
Imea divulga o primeiro relatório da colheita da safra 21/22 do algodão em MT.
De acordo com os dados divulgados na última sextafeira (17/06) pelo Instituto, o estado já colheu 0,12% dos 1,18 milhão de hectares estimados para a safra 21/22. Esse percentual representa um atraso inicial de 0,12 p.p. ante a safra 20/21. Em relação às regiões do estado, apenas as nordeste e sudeste iniciaram os trabalhos a campo.
Cabe destacar que esse cenário é comum nesse primeiro momento, uma vez que as áreas colhidas são as de algodão primeira safra, que representam apenas 13,08% da área total destinada à cultura. Desse modo, a tendência é que o avanço da colheita se intensifique no mês que vem (jul-22), com a disponibilidade dos primeiros talhões oriundos da segunda safra, que representam 86,92% das áreas cultivadas no estado.
Por fim, é importante ressaltar que, se os pontos de geadas observadas em alguns municípios e a alta umidade registrada no estado se prolongarem, podem impactar o andamento dos trabalhos nas lavouras.
Fonte: IMEA