Na última semana, o indicador de etanol hidratado para Mato Grosso calculado pelo Cepea apresentou elevação de 2,85% no comparativo mensal. É percebida uma elevação na maioria das matérias-primas no Brasil, e no caso da cana-de-açúcar, o maior uso com destino à produção do adoçante tem aumentado a concorrência na hora da moagem.

Além disso, segundo o último relatório quinzenal da Unica (União das indústrias de Cana-de-Açúcar), as vendas do hidratado têm ensaiado recuperação nos últimos dois meses, indicando uma possível melhora da demanda, mesmo estando abaixo do volume para o mesmo período da safra passada.

Por outro lado, a produção com base no milho teve um volume nos últimos quinze dias de out.20 de 126,31 milhões de litros, acumulando um valor 73,12% maior que o mesmo período da safra 2019/20. Cabe destacar ainda que a cadeia do cereal na produção de etanol deve continuar crescendo e ganhando mais espaço.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• A baixa disponibilidade de negócios para o cereal tem refletido nos preços. O indicador Imea fechou a semana em alta de 2,53%.

• Já na CME o contrato corrente encerrou em alta de 2,01% em relação à semana passada. A oferta e demanda estreita tem ditado os preços no mercado internacional.



• A paridade jul/21 recuou 0,57% no comparativo semanal e fechou cotada a R$ 41,98/sc, após queda do dólar e estagnação do prêmio no porto de Santos.

• Com a maior alta do indicador Imea em comparação ao preço de Chicago, o indicador Base MT-CME finalizou a semana com alta de 13,36% no comparativo semanal. A diferença entre as praças ficou em R$ 11,05/sc.

Despesas elevadas:

Foram divulgados pelo Imea os dados do custo de produção para o milho de alta tecnologia, trazendo leves reajustes nesta última estimativa para o estado de Mato Grosso.

De acordo com os números, foi observado que a alta do dólar ponderado pela comercialização de setembro20 a outubro-20 impactou nos custos com os insumos. Os destaques foram os defensivos agrícolas, que apresentaram um aumento de 0,25%, e os macronutrientes, de 0,18%, no comparativo mensal.

Deste modo, conforme o gráfico, os custos com fertilizantes e corretivos atingiram o maior orçamento na série histórica do Imea, ficando 7,44% acima do consolidado para a safra passada (2019/20), sendo cotado a R$ 751,55/ha.

Por fim, com estes aumentos o custo operacional efetivo (COE) fechou o mês de outubro em R$ 2.631,08/ha, variação de 0,13% ante o mês passado, o que contribuiu para que o ponto de equilíbrio ao produtor matogrossense fosse estimado em R$ 21,18/sc.

Fonte: Imea

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