O Imea divulgou a 5° estimativa para a safra 20/21 de milho para MT, trazendo leves mudanças para o setor. Conforme o relatório divulgado, as projeções de área de milho apresentaram leve redução em relação à estimativa anterior, justificada pela conjuntura atual de atraso no processo de colheita da soja devido às chuvas, que consequentemente diminui a disponibilidade de área para semeadura do cereal e também estreita a janela ideal de cultivo do milho.

Com isso, o instituto reduziu as projeções de aumento de área em 0,08 p.p. em relação ao último acompanhamento, totalizando 5,68 milhões de hectares. Por fim, devido a semeadura ainda não ter encerrado, o Imea manterá a estimativa de produtividade em 106,29 sc/ha, o que resulta em uma produção estimada de 36,26 milhões de toneladas para Mato Grosso.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• O indicador Imea-MT registrou elevação de 2,83% em relação à semana passada, após alta do dólar e menor disponibilidade do grão no estado. Assim, o preço médio do milho disponível ficou em R$ 66,69/sc.

• Na CME o contrato corrente e futuro (jul/21) apresentaram alta de 1,13% e 0,70%, respectivamente na semana, sendo cotados a um preço médio de US$ 5,55/bu e US$ 5,41/bu.

• A bolsa de valores brasileira B3 teve alta de 1,78% ante a semana passada, justificada pela elevação da moeda norte-americana. Com isso o preço médio do cereal ficou em R$ 88,26/sc.

• Com os preços em Mato Grosso subindo e as cotações na CME-Group em baixa, a diferença de base entre os preços de MT e Chicago se estreitou em 7,66%.

Plantio fora de linha:

A preocupação quanto à semeadura de milho em Mato Grosso é vista em mais uma semana de levantamento pelas regiões do estado. Conforme os dados, o plantio do cereal no estado avançou 18,70 p.p. e alcançou 54,66% das áreas.

O excesso das chuvas em boa parte do estado continua sendo a principal barreira para a disponibilização de áreas para o cultivo do grão, e segundo informantes, os produtores seguem colhendo a soja com umidade acima do padrão ideal para acelerar os trabalhos de semeadura a campo.

Assim, como é visto no gráfico ao lado, o plantio da safra atual segue abaixo da média das últimas cinco safras, e também fica como a segunda mais atrasada da série histórica do Instituto, atrás apenas da safra 10/11.

Para as regiões, a nordeste se mantém à frente com 68,54% semeados, em segundo a médio-norte com 61,36%, e por fim, a mais atrasada, fica a centro-sul, com 29,85%, afetada pelo excesso de chuva na região.

Fonte: IMEA

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