O Imea divulgou a primeira estimativa para a safra 20/21 de algodão em MT, trazendo como destaque a previsão de área para a nova safra. Assim, a perspectiva para a área recuou 10,60% se comparada à da safra 19/20, totalizando 1,01 milhão de hectares no estado. Esta queda está atrelada às incertezas quanto à baixa da demanda pela pluma, reflexo da Covid-19 que afetou os principais consumidores mundiais.
No que tange à produtividade, a primeira estimativa foi projetada em 285,10@/ha para a safra 2020/21, indicando um recuo inicial de 1,50% em relação à produtividade da safra 2019/20, que até o momento vem registrando recorde.
Assim, com a perspectiva de queda na área e o recuo da produtividade, a produção de algodão da safra 2020/21 ficou estimada em 4,33 milhões de toneladas de algodão em caroço e 1,8 milhão de toneladas de pluma de algodão, o que representa um retrocesso de 11,82% ante a safra 2019/20.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Depois de várias semanas em alta, o preço Imea-MT caiu 0,11% em relação à semana passada, ficando cotado a um preço médio de R$ 104,62/@.
• Com a cotação do dólar caindo na última semana, a paridade de exportação para o contrato jul/21 recuou 3,63% ante a semana passada.
• Pautado pela apresentação da proposta de reforma administrativa enviada ao Congresso, o dólar desvalorizou 3,27% no comparativo semanal, alcançando R$ 5,36/US$.
• A colheita do algodão caminha para seu fim e a previsão é finalizar na próxima semana. Assim, até sexta-feira (04/09) 99,02% já foram colhidos, avanço semanal de 4,07 p.p. Os destaques da semana vão para as regiões centro-sul e noroeste, que finalizaram os trabalhos nas lavouras.
Negociações:
A venda da pluma mato-grossense para a safra 19/20 andou de lado em mais um mês. Assim, as negociações em agosto avançaram apenas 0,98 p.p. em relação ao mês passado, alcançando 80,61% da produção vendida.
Isso é reflexo do recuo por parte da demanda, aliado à menor disponibilidade da fibra no mercado, devido ao ritmo lento no beneficiamento da fibra natural. Além disso, o produtor do estado tem priorizado o cumprimento dos contratos já firmados.
Já para a safra futura (20/21), mesmo com os preços apresentando uma recuperação no mercado futuro, a comercialização da pluma andou apenas 1,71 p.p. em relação a julho, alcançando 38,10% da produção vendida.
Com as incertezas em relação à demanda internacional e a retomada lenta dos principais consumidores da fibra natural, as negociações ainda seguem tímidas. Desse modo, os poucos lotes negociados no mês fecharam na média do estado em R$ 110,07/@.
Fonte: Imea
