O Imea divulgou a última estimativa de oferta e demanda MT da soja para o ano de 2020. Com relação à oferta para a safra 20/21, foi registrado um crescimento de 0,21% em relação ao ano passado devido ao aumento das áreas semeadas, que poderá levar a uma maior produção no estado.
Quanto à demanda, estima-se para o consumo de MT um acréscimo de 4,29% em relação ao ano passado, totalizando 10,91 milhões de t. Os motivos para isso envolvem os preços atrativos dos subprodutos que vêm incentivando as esmagadoras no estado. Já para a exportação, as perspectivas para a próxima safra indicam aumento de 1,53% em relação à safra passada, com o grão mato-grossense competitivo no mercado internacional.
Além disso, a comercialização adiantada da próxima safra, estimada em 66,45% até final de nov.20, é um forte indício de que ocorrerão fortes exportações no próximo ano. Acesse o relatório aqui.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• O Indicador Imea-MT apresentou queda de 3,79% na média semanal. Como já reportado nas últimas semanas, há pouca soja disponível e praticamente não há negócios sendo realizados no mercado físico.
• Com a divulgação do relatório mensal do USDA e após a melhora nas condições climáticas na América do Sul, o contrato mar/21 da CME-Group recuou 0,67% na média semanal, e ficou na média de US$ 11,55/bu.
• O ânimo do mercado com relação à manutenção da taxa Selic fez com que o dólar corrente desvalorizasse 2,22% na semana, cotado a R$ 5,11/US$.
• Com os preços dos subprodutos em valorização, a relação soja/farelo e óleo (margem de esmagamento bruta) apresentou alta de 0,47% na semana, ficando na média de R$ 382,02/t.
Semeadura finalizada:
O início da janela de semeadura da safra 20/21 no estado começou com umidade do solo abaixo do normal. A consequência disso foi que os sojicultores aguardaram uma melhora nas condições climáticas para dar início aos trabalhos, atrasando a semeadura. Porém, muitos produtores que planejavam cultivar algodão 2ª safra arriscaram semear a oleaginosa no pó.
Os demais agricultores acabaram colocando as sementes no chão apenas na segunda quinzena de outubro, período em que aproximadamente 6 milhões de ha foram semeados, um avanço recorde para o estado. Porém, o baixo nível de chuvas que se prolongou até início de dezembro fez com que 2,51% das áreas de MT precisassem ser replantadas, sem contar aquelas áreas que tiveram o potencial produtivo afetado.
A boa notícia é que as chuvas esperadas até o final do ano estão próximas da média histórica e podem auxiliar na melhora as condições da cultura.
Fonte: IMEA