O Imea divulgou na última semana o custo de produção para o milho safra 20/21 em Mato Grosso. O Instituto estima que a valorização cambial de 4,39% em abril refletiu na elevação dos preços dos insumos importados, como macronutrientes e fungicidas, que vieram a apresentar aumento de 4,66% e 10,61%, respectivamente, em relação ao último relatório.
Assim, os custos variáveis são estimados em R$ 2.565,93/hectare, aumento de 2,90% ante o mês de março. Do mesmo modo, os custos operacionais também aumentaram 2,93% em relação ao mês anterior, impactados com a valorização do arrendamento da terra no estado.
Desta maneira, o produtor deve ficar atento quanto as variações das suas margens de produção para que consiga cobrir os custos com a lavoura de milho, que tem o ponto de equilíbrio estimado a uma média de R$ 20,29/sc para MT.
Confira os principais destaques do boletim:
• O indicador Imea – MT fechou em queda de 1,28% na média semanal, cotado a R$ 39,10/sc, após melhora nas condições climáticas no estado.
• O preço do milho em Chicago aliviou as perdas na semana e encerrou cotado na média de US$ 3,20/bu, representando alta de 1,99% ante a semana anterior.
• Com possíveis perdas na safrinha brasileira, os preços do milho no Cepea fecharam a semana em alta de 1,98%, ficando cotados a média de R$ 50,28/sc.
• Após incertezas no cenário político brasileiro e crescimento dos casos de Covid-19, o dólar finalizou a semana em alta de 3,46% ante a semana anterior e fechou cotado na média de R$ 5,88/US$.
Estoques maiores:
Na última semana foi divulgado o relatório de oferta e demanda pelo USDA, que trouxe novas estimativas para a mercado mundial do milho. De acordo com os dados, com a menor produção na safra 19/20, os estoques finais diminuíram 1,93% quando comparados com os da safra anterior, chegando a 314,7 milhões de toneladas.
Portanto, é visto que a demanda global diminuiu em comparação à safra 18/19, ocorrendo uma redução de 0,75%, o que totaliza 1,62 bilhão de toneladas. Já nas projeções da safra 20/21 a expectativa do departamento é que os estoques finais fiquem maiores em relação às duas últimas safras (19/20 e 18/19) refletindo o aumento da oferta mundial de milho de 6,46%, que pode ser capaz de gerar 1,70 bilhão de toneladas.
Em contrapartida, para o lado da demanda também é esperado um aumento decorrente do acordo do Ministério da Agricultura da China, que planeja ampliar as importações do cereal no país em 25% devido a uma melhora na produção de aves e suínos.
Fonte: Imea