O Imea divulgou na última sexta-feira (19/06) o relatório de colheita do algodão matogrossense. Assim, as áreas de primeira safra de algodão, estimadas em 142,90 mil hectares para o ciclo 19/20, começam a ser colhidas no estado.
Com isso, os trabalhos a campo até a semana passada alcançaram 0,10% da área total destinada para o ciclo 19/20. As regiões que relataram início no processo foram: nordeste, oeste e sudeste, com 0,35%, 0,01% e 0,32%, respectivamente.
Este começo tende historicamente a ser lento, dado que os trabalhos se intensificam apenas no próximo mês, quando inicia a colheita das áreas de segunda safra que representam 87,38% da área total do estado, prevista em 989,67 mil hectares.
Por fim, segundo os informantes do Instituto, a safra tende a ser um pouco melhor em relação à safra 18/19, devido ao desenvolvimento vegetativo da cultura, o que vem a caracterizar até o momento uma safra recorde.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Mesmo com o início da colheita da safra 19/20 e restando poucos lotes da safra 18/19, o preço Imea-MT fechou em R$ 83,86/@ na média do estado, aumento de 0,11% em relação à semana passada.
• Com o avanço da moeda norteamericana nesta última semana, as paridades de exportação para os contratos jul/20 e dez/20 valorizaram 8,89% e 2,94%, respectivamente.
• Com a desvalorização da taxa Selic, aliada à diminuição da oferta do dólar no mercado nacional, o dólar aumentou 5,73% na semana passada, fechando com R$ 5,24/US$.
• Os subprodutos de algodão matogrossenses demonstraram uma desvalorização semanal de 0,06%, 0,64% e 0,10%, cotados a R$ 629,03/t, R$ 658,34/t e R$ 2.609,02/t, para caroço, torta e óleo, respectivamente.
Plantio nos EUA:
O USDA divulgou nesta segunda-feira (22/06) o relatório de acompanhamento de semeadura dos EUA para a safra 2020/21, apontando bons avanços na semana. Sendo assim, o processo a campo avançou 7,00 p.p. na semana passada, alcançando 96,00% da área total esperada para o cultivo da fibra.
No que tange ao maior produtor do país, o Texas atingiu 95,00% da sua área destinada à semeadura, ficando 7,00 p.p. à frente da safra passada. Por outro lado, o estado vem enfrentando problemas com o clima seco, com isso, mais de 60,00% das áreas estão com a umidade do solo abaixo do ideal e apenas 23,00% das lavouras estão em condições boas e excelentes.
Além das preocupações com as condições das lavouras e com o clima, o cotonicultor norte-americano também está apreensivo em relação a demanda pela fibra (que até o momento segue lenta) e aos preços da pluma na bolsa de Nova York.
Fonte: Imea