O Imea divulgou o custo de produção do algodão em MT para a safra 19/20 referente a abril. Com isso, o custo operacional na lavoura ficou mais alto 0,83% em relação ao mês de março, passando a ser estimado em R$ 9.018,96/ha.

Essa alta no gasto, está ligada à elevação do dólar que influenciou, principalmente, no insumo, que são cotados pela moeda norte-americana, tendo maior impacto no defensivo e na semente de algodão.

Portanto, para que o cotonicultor consiga cobrir sua despesa da safra 19/20 é necessário que negocie sua pluma a um preço médio de R$ 78,70/@. No entanto, o preço visto até o momento para a paridade de jul/20 vem superando os custos, com média em maio de R$ 100,45/@.

Ainda assim, vale ressaltar a importância de o produtor acompanhar o custo com o beneficiamento e o preço do caroço de algodão, uma vez que alguns cotonicultores utilizam o subproduto como moeda oferecida em troca do beneficiamento da pluma.

Confira os principais destaques do boletim: 

• O preço Imea–MT encerrou a semana cotado a um preço médio de R$ 87,86/@, com uma queda semanal de 0,93%.

• Com a alta nas cotações da ICE, as paridades de exportação obtiveram um avanço na última semana de 2,73% e 0,81% para os contratos jul/19 e dez/19, cotados a um preço médio semanal de R$ 89,11/@ e R$ 90,66/@, respectivamente.



• O dólar avançou novamente nesta semana diante dos impasses entre os EUA e a China e reforma da previdência brasileira, registrando aumento semanal de 0,80%, cotado a um valor médio de R$ 4,05/US$.

• Em avanço, as cotações dos subprodutos de algodão mato-grossense encerraram a semana em alta de 4,62% e 3,05% para a torta e o óleo, com preço médio semanal de R$ 501,80/t e R$ 2.220,14/t, respectivamente.

SAFRA NORTE-AMERICANA:

O reporte do USDA referente à semeadura de algodão da safra 19/20 nos EUA vem trazendo pontos de atenção ao produtor norte-americano. O relatório do Departamento retrata atrasos nos trabalhos a campo em relação à safra 18/19 e na média histórica dos últimos cinco anos.

Com isso, até o momento a semeadura do país chegou a 44,00% da área destinada ao cultivo da fibra. Esse cenário de retardo está ligado aos fatores climáticos nos EUA, onde algumas regiões têm registrado grandes volumes de chuva, em conjunto com a baixa janela de luz solar.

Outro ponto que pode influenciar no destino da safra norte-americana são os impasses políticos entre a China e os EUA, pois, caso se as taxações concretizem, poderão contribuir para uma redução na área a ser semeada já nesta safra. Essa incerteza quanto a safra dos EUA, poderá beneficial o Brasil e principalmente MT, uma vez que o estado é o maior produtor da fibra no país e a China tem se mostrado bastante ativa no mercado do algodão.

Fonte: IMEA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.