Nesta segunda-feira, o Imea divulgou o novo relatório de OeD referente as safras 19/20 e 20/21 do milho em MT. Para a safra 19/20, o principal destaque ficou para as exportações que consolidaram as 23,39 milhões de toneladas no acumulado da safra. Já para a demanda, o consumo MT ficou estimado acima das 9,70 milhões de toneladas, impulsionadas pelas usinas de biocombustíveis do estado.
Com relação a safra 20/21, devido aos impasses da semeadura tardia do milho em MT, as projeções de oferta apresentaram queda de 8,49% ante o relatório anterior. No lado da demanda, a produção de etanol seguiu impulsionando o consumo mato-grossense pelo cereal e, apresentou crescimento de 19,66% em relação a última safra.
Por fim, o consumo interestadual apresentou um acréscimo devido a quebra esperada na produção de outros estados e, com menores níveis de produção, as estimativas de exportações também recuaram ante ao relatório de abril. Confira o relatório completo aqui.
Confira agora os principais destaques do boletim:
Subindo: a forte demanda interna pelo milho disponível no estado influenciou na alta de 9,02% do indicador Imea, que ficou cotado na média de R$ 72,68/sc.
Menor diferença: a valorização do milho disponível em MT, atrelado a desvalorização do cereal em Chicago, influenciou no estreitamento de 72,08% entre as praças.
Alta: Os preços do cereal na B3 apresentaram alta de 1,81% em relação à semana passada. Com isso, as cotações atingiram à média de R$ 95,92/sc.
O etanol de milho tem sido o principal responsável pelo crescimento do consumo do cereal em MT.
No cenário nacional, o etanol de milho tem ganhado força consumidora no decorrer dos anos e, principalmente, na safra atual. Com a queda na produção de cana-de-açúcar (matéria prima mais utilizada na produção do biocombustível brasileiro), as indústrias buscaram amparo no milho. Para se ter ideia, segundo a Unica, a produção do etanol a partir do cereal cresceu 77,3% no comparativo anual.
Esse acréscimo na parcela de participação do etanol refletiu diretamente no destino da produção do milho em MT, que é maior produtor do biocombustível a partir do cereal no país.
Além disso, mesmo com a alta de 119,85% nos preços disponíveis em jun-21 ante jun-20, o setor continua com fortes expectativas de produção. Deste modo, a produção do biocombustível ganha potencial de crescimento no estado, o que gera um acréscimo no valor agregado do milho mato-grossense.
Fonte: IMEA