Na semana passada (22/05), o Imea divulgou o primeiro relatório de colheita do milho em Mato Grosso, sendo reportado um avanço de 0,68% nas áreas do estado, o que indica uma redução de 0,60 p.p. quando comparado ao mesmo período da safra passada, que era estimada em 1,28%.

Este ligeiro atraso reflete a etapa inicial tardia da semeadura e as condições climáticas menos favoráveis apresentadas em algumas regiões de MT. No entanto, mesmo com avanços tímidos, todas as regiões do estado reportaram que os trabalhos a campo iniciaram (representados principalmente, por áreas irrigadas e cultivares precoces do cereal).

Desta forma, segundo informantes, a previsão para um início regular e intensificado está prevista para o começo de junho, período que o clima estará mais seco e as lavouras prontas para a colheita na maior parte do estado.

Confira os principais destaques do boletim:

• O indicador Imea–MT fechou em queda de 3,47% na média semanal, cotado a R$ 37,74/sc, após divulgação de início nas colheitas e desvalorização do dólar.

• O milho em Chicago sofreu pressão nos preços, diante de novas tensões políticas entre os Estados Unidos e a China. Assim, fechou cotado a US$ 3,19/bu, queda de 0,44% ante a semana passada.

• O prêmio no porto de Paranaguá aumentou 9,80% em relação à semana passada, refletindo uma demanda estável pelo cereal, que está com menor disponibilidade nas praças brasileiras.

• O dólar recuou 3,79% na média semanal, após a divulgação do vídeo ministerial e atuação do Banco central no câmbio, encerrando a semana cotado a R$ 5,66/ US$.

Frete X Preço:

Com o começo da colheita do cereal em Mato Grosso, a necessidade de transporte do grão até o porto entra no radar dos produtores de milho. Assim, refletindo o aumento nas exportações da soja (2019/20) e os reportes de menor disponibilidade de caminhão, o preço do frete se elevou 4,56% quando comparado com maio do ano passado, (considerando frete de Sorriso a Santos).

No entanto, o Imea analisa que, apesar deste aumento nos custos com o transporte, o cenário das cotações do milho disponível 2018/19 praticadas no mercado interno, apresentaram aumento de 78,74% para o mesmo período, colaborando para que a relação entre os dois indicadores atingisse um bom patamar desde 2016, quando o preço do produto era maior que o valor do frete.

Por sua vez, segundo alguns informantes do Instituto, diante do alto fluxo de grãos e de entraves logísticos apontados em algumas regiões do estado, contratos de embarque já estão começando a ser fechados para períodos mais longos.

Fonte: Imea

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