B3 EM DESVALORIZAÇÃO
A cotação média do contrato corrente do milho, de acordo com a bolsa brasileira (B3), fechou na média (20/03 a 24/03) de R$ 84,57/sc, redução de 1,72% no comparativo semanal. Esse movimento é em função da entrada do milho verão no Brasil e a necessidade do produtor em negociar o cereal para liberar espaço nos armazéns, somado a menor demanda pelo milho brasileiro. No que tange ao preço disponível em Mato Grosso, o indicador Imea apresentou decréscimo de 1,50% na última semana, e fechou na média de R$ 57,77/sc. Esse cenário de queda refletiu no mercado brasileiro e vem sendo pautado pela menor demanda de milho no estado, além do recuo (-0,44%) na cotação do dólar corrente. Assim, os pontos que devem continuar impactando as cotações do milho são: a entrada da safra norte-americana e perspectiva da safra e exportações brasileiras.
Confira os destaques do boletim:
AUMENTO EM CHICAGO: devido à alta nas exportações de milho norte-americano para a China, a CME-Group contrato corrente exibiu alta de 0,82% no comparativo semanal.
CEPEA EM QUEDA: devido à queda na demanda e na exportação do milho brasileiro, cepea apresentou queda de 1,30% ante a semana anterior.
PLANTIO DO MILHO: a semeadura em MT da safra 22/23 atingiu 99,06% do total das áreas, apresentando um avanço semanal de 1,12 p.p. até o dia 24/03.
Custo de produção modal do milho alta tecnologia da safra 23/24 exibe novo reajuste
De acordo com os dados do Imea, o custeio da cultura apresentou uma leve alta de 0,17% ante o mês de jan/23 e ficou em R$ 3.363,14/ha. Por mais que em fev/23 tenha havido uma retração no custo com defensivos em 1,58%, o custeio do cereal ficou maior devido à valorização nas despesas com fertilizantes em 0,89% em fev/23. Apesar de ter apresentado um pequeno reajuste positivo, é importante destacar que os adubos são responsáveis por 49,86% do custeio, contra 21,11% dos defensivos. No que se refere ao COE, o aumento foi de 0,39% em fev/23 ante a jan/23 e ficou estimado em R$ 4.575,99/ha. Essa alta está atrelada ao reajuste no custeio, além da valorização de 3,29% e 1,25% nos custos com arrendamento e pós-produção, respectivamente. Por fim, para que o produtor consiga cobrir seu COE da safra 23/24 é necessário que negocie o seu milho a pelo menos R$ 43,88/sc.
Fonte: Boletim semanal n° 742 – Milho – IMEA