Autores:
- Eng. Agrônoma, MSc. Luisa Carolina Baccin – ESALQ/USP. luisabaccin@usp.br
- Eng. Agrônomo, Dr. Alfredo Junior Paiola Albrecht – Universidade Federal do Paraná
- Eng. Agrônomo, Dr. Leandro Paiola Albrecht – Universidade Federal do Paraná
- Eng. Agrônomo, Dr. Ricardo Victoria Filho – ESALQ/USP
- Eng. Agrônomo, Dr. Caio Vitagliano Santi Rossi – Corteva Agriscience
- Eng. Agrônomo, Dr. Marcel Sereguin Cabral de Melo – Bayer
- Eng. Agrônomo, MSc. Samuel Neves Rodrigues Alves – FMC
- Eng. Agrônomo, Dr. Luiz Henrique Saes Zobiole – Corteva Agriscience
- Eng. Agrônomo, MSc. Matheus Bohrer Scherer – IHARA
Introdução e contextualização inicial
A estrutura dos custos de produção na cultura da soja é variável e depende da tecnologia empregada, da necessidade de utilização de fertilizantes, defensivos, sementes, maquinários, local de produção e condições de escoamento do produto, cujo conjunto dos itens irá contribuir para a formação do pacote tecnológico a ser adotado (Contini et al., 2018). Estimativas apontam que gastos com defensivos na produção agrícola passaram de cerca de 12,3% das safras 2009/2010 para 21% na safra 2019/2020. Dentre estes defensivos, os herbicidas representaram, em média, 25% dos custos (CONAB, 2021; IMEA, 2021).
A utilização dos herbicidas visa reduzir a interferência de plantas daninhas nos sistemas de cultivo, a qual resulta em perda de produtividade (Andrade et al., 2012; Rosenbaum et al., 2011; Souza Filho et al., 2001). Recentemente, a descoberta de biótipos que apresentam resistência múltipla a herbicidas (Tabela 1), ou seja, plantas que apresentam dois ou mais mecanismos diferentes de resistência a um ou a vários produtos, vem preocupando os produtores devido à complexidade de manejo nessas áreas (Adegas et al., 2017; Christoffoleti e Nicolai, 2016; Oliveira Jr, 2011).
A seleção destes biótipos que apresentam resistência tem consequência direta no aumento dos custos de controle de plantas daninhas (Adegas et al., 2017). Por este motivo se faz necessário abordar questões relacionadas a mudança na estrutura de custos de produção de soja devido ao aumento de gastos com herbicidas alternativos, para realizar o manejo de plantas daninhas nestas áreas onde a resistência encontra-se difundida. Desta forma objetivou-se quantificar a elevação do custo de produção de soja em áreas contendo resistência múltipla a herbicidas por meio de elaboração de cenários alternativos de manejo e seus respectivos custos.
Metodologia
Dados de custos de produção de soja foram coletados nas bases de dados da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB e do Instituto Mato-Grossense de Economia Aplicada – IMEA, para a região sul do país. Foi realizada uma análise vertical dos custos de produção de soja de alta tecnologia, organismo geneticamente modificado, para a safra 2020/2021.
Um levantamento das espécies de plantas daninhas com resistência múltipla foi elaborado com base nos relatos de resistência na base de dados da Weed Science (Heap, 2021). Cenários de alternativas de controle para o manejo da resistência múltipla em áreas de soja, levando em consideração os produtos utilizados no manejo alternativo e suas respectivas doses foram elaborados, levantando-se dados referentes aos valores destes herbicidas. Os dados de preços pagos pelo produtor para região do Paraná foram obtidos na Secretaria do Estado, no Departamento de Economia Rural e em contato com revendas e Cooperativas, avaliando-se preço médio na região sul.
Foram realizadas estimativas de gastos na cultura em diferentes cenários de presença de plantas daninhas nas áreas, com dados coletados de pesquisas desenvolvidas à campo. Em alguns casos calculou-se o valor de aplicação de dois ou mais herbicidas, havendo a necessidade de aplicação sequencial. O custo do manejo da resistência múltipla considerando banimento do paraquate leva em consideração os ingredientes ativos diquate e glufosinato-sal de amônio como alternativas.
Os custos apresentados referem-se apenas aos herbicidas, excluindo custo da operação de aplicação. Por fim, estimou-se o impacto da necessidade de utilização de herbicidas alternativos para o manejo da resistência de plantas daninhas no custo total de produção de soja.
Resultados e Discussão
Em decorrência da grande utilização de herbicidas inibidores da ALS no Brasil, já na década de 90 foram registrados os primeiros casos de plantas daninhas resistentes. A resistência múltipla foi pela primeira vez relatada em 2004: Euphorbia heterophylla – ALS e PROTOX (Monqueiro et al., 2000). A seleção de biótipos continuou ocorrendo nas áreas de cultivo e o mais recente relato refere-se à Digitaria insularis resistente à EPSPs e ACCase, em 2020 (Heap, 2021).
Alternativas de manejo de plantas daninhas, nos casos de resistência múltipla, são baseadas na utilização de mecanismo de ação diferentes, em rotação de mecanismos de ação ou então da utilização de herbicidas do mesmo mecanismo de ação, que não sejam os herbicidas os quais o biótipo tenha sido relatado resistente, evitando aqueles onde há relatos de resistência cruzada (Christoffoleti e Nicolai, 2016; Inoue e Oliveira Jr, 2011).
Biótipos que apresentam resistência múltipla, porém não apresentam resistência à inibidores da EPSPs, são facilmente controlados no sistema de cultivo de soja Roundup Ready -RR, tecnologia transgênica. O cenário torna-se mais preocupante nos casos em que há a resistência ao glifosato e a outro herbicida que também é frequentemente usado no manejo da espécie na cultura da soja (Adegas et al., 2017).
Dentre as principais espécies de plantas daninhas presentes em cultivos agrícolas, citam-se o azevém (Lolium perenne), buva (Conyza sp.), caruru (Amaranthus palmeri e Amaranthus hybridus), capim pé de galinha (Eleusine indica) e capim amargoso (Digitaria insularis) como as mais problemáticas devido à seleção de biótipos resistentes (Vargas et al., 2016).
Segundo Adegas et al. (2017), azevém resistente estaria presente em cerca de 4,2 milhões de ha-1, buva resistente em 7,7 milhões de ha-1, capim amargoso resistente em 8,2 milhões de ha-1 e em cerca de 2,7 milhões de ha-1 infestação mista de buva e capim amargoso até 2017. Recentemente o capim pé de galinha e o caruru vem destacando-se nas áreas de produção também relatados com múltipla resistência (Takano et al., 2017). Atualmente as áreas ocupadas com estas espécies apresentando resistência múltipla devem ter aumentado, porém faltam levantamentos detalhados.
Em alguns casos, o manejo destas plantas pode ser realizado utilizando-se herbicidas do mesmo mecanismo de ação, porém de grupos químicos diferentes, como por exemplo no controle de gramíneas resistentes à inibidores da ACCase ou de eudicotiledôneas resistentes à inibidores da ALS (Barroso et al., 2014; Bianchi et al., 2020; Cassol et al., 2019; Vargas et al., 2018; Bressanin et al., 2014).
A utilização destes herbicidas alternativos apresenta-se como um custo adicional a ser considerado no cálculo do custo de produção total de soja. Os custos de produção, por sua vez, são determinados de acordo com o pacote tecnológico da cultura, e diferem em alguns aspectos entre regiões de produção (Carneiro et al., 2015).
Os custos de produção para soja transgênica com estimativa de produção média de 60,9 sacas por hectare, com taxa de câmbio de R$5,41 são apontados em estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (IMEA, 2021) e de acordo tal estimativa, os gastos com herbicidas representam aproximadamente 20,2% do custo com defensivos na cultura e 4,4% do custo total.
Em uma avaliação dos cenários de resistência em plantas daninhas ao longo dos anos no Brasil, Adegas et al. (2017) citam que após os primeiros casos de resistência na década de 90 em soja convencional, os custos com herbicidas para controle tiveram um grande aumento, aproximadamente 357%, devido à necessidade de capinas ou repasse de herbicidas nestas áreas. Porém esse custo foi reduzido após a introdução da tecnologia RR com o aumento no uso do glifosato em relação ao custo com os herbicidas utilizados anteriormente.
A seleção da resistência à EPSPs, em conjunto com outro mecanismo de ação (resistência múltipla), tornou as alternativas de controle cada vez mais escassas. A escolha do herbicida alternativo, produto comercial, dose a ser utilizada e número de aplicações depende da distribuição das espécies na área, sua densidade e da época em que se deseja realizar o controle.
Os gastos médios com controle de plantas daninhas em áreas de produção de soja em cada uma das fases citadas anteriormente, passaram de R$ 62,57 ha-1 de 1993-2001 antes da seleção de biótipos resistentes para R$ 285,98 ha-1, com a seleção da resistência advindos aos produtos utilizados na época. Após a introdução da tecnologia RR e do herbicida glifosato tal custo foi reduzido à R$ 92,03 ha-1. Entretanto, após a seleção de plantas daninhas resistentes ao glifosato tal custo foi elevado novamente, porém com variações de custos de acordo com cada espécie (Adegas et al., 2017). A estimativa de gastos com herbicidas em soja na região sul é de R$ 208,55 ha-1 de acordo com estimativa do IMEA (2021) e os gastos médios estimados no presente trabalho com herbicidas alternativos são de aproximadamente R$ 342,52 ha-1, uma vez que a escolha do produto comercial, da dose e do número de aplicações numa área depende das espécies e da infestação da
área.
Pode-se perceber que os custos de produção se elevam de forma considerável havendo espécies apresentando resistência múltipla à herbicidas na área de produção. Há um aumento de 56,47% nos custos médios de controle considerando a possibilidade de utilização do paraquate e de 60,74% quando considerada a ausência deste herbicida no manejo, substituindo-o por diquate ou glufosinato-sal de amônio.
O banimento do paraquate, em setembro de 2020, devido à reavaliação toxicológica, influencia o manejo devido à perda de uma ferramenta de controle químico de baixo custo e grande eficiência nas operações de dessecação das áreas, por se tratar de um produto de contato, não seletivo (ANVISA, 2020; Oliveira Jr, 2011). Após o banimento, as alternativas disponíveis ao produtor para utilização na dessecação são o diquate, herbicida do mesmo mecanismo de ação, além de herbicidas inibidores da Protox, inibidores da Glutamina Sintase (GS), inibidores da ACCase, inibidores da ALS e herbicidas auxínicos, de acordo com as espécies e casos de resistência.
O custo por hectare para aplicação de diquate foi elevado após o banimento do paraquate. O produto sofreu reajustes e se encontra esgotado em algumas regiões do país. Deve-se levar em consideração a espécie e o estádio de desenvolvimento na recomendação deste produto, pois apesar de pertencer ao mesmo mecanismo de ação, sua eficácia em algumas espécies (principalmente gramíneas) é inferior em relação ao paraquate.
Na Figura 1 estão detalhados os valores médios para controle das principais plantas daninhas citadas, considerando os herbicidas alternativos utilizados na dessecação pré-plantio da soja e aplicação de herbicidas na pós emergência. A diferença de valores para controle da mesma espécie se dá devido ao produto utilizado na dessecação: paraquate, diquate ou glufosinato.
Percebe-se que o azevém (Lolium multiflorum) é a espécie com maior custo de controle, considerando resistência múltipla à herbicidas. Aplicações de graminicidas em geral elevam o custo para o manejo em áreas com gramíneas resistentes. No caso de buva (Conyza spp.) o custo também é elevado, devido à necessidade de substituição dos herbicidas comumente utilizados no manejo (glifosato e 2,4-D) por outros auxínicos e inibidores da protox ou glufosinato.
Neste primeiro cenário o manejo com herbicidas pré-emergentes não é considerado e os custos especificados referem-se ao custo dos produtos por hectare, considerando a dose de bula recomendada para controle de cada espécie, diferindo valores de acordo com o uso de paraquate, diquate ou glufosinato. Ressalta-se que os custos de hora/máquina e demais custos de aplicação não estão incluídos.
O controle incluindo os préemergentes tem seu custo detalhado na Figura 2. Considerando o custo médio para aplicação dos herbicidas, incluindo os pré-emergentes, percebe-se que há um aumento nos custos de controle em todas as espécies. O custo da aplicação de pré-emergente foi estimada com base na média entre os custos de produtos recomendados para as espécies. Para azevém, os herbicidas considerados no controle em pré-emergência foram s-metolacloro, pendimetalina, trifluralina e clomazone. No caso de buva foram considerados: diclosulam, sulfentrazona, s-metolacloro, flumioxazina e metribuzim e para caruru os mesmos pré-emergentes foram considerados, além de fomesafem, pendimetalina e trifluralina. Os herbicidas sulfentrazona, flumioxazina, s-metolacloro, clomazona, pendimetalina e trifluralina são considerados para controle tanto de capim amargoso como capim pé de galinha. No caso da primeira espécie considerou-se também o herbicida diclosulam e para a segunda espécie o metribuzim.
Destacam-se com custos mais elevados o capim amargoso (Digitaria insularis) e o capim pé-de-galinha (Eleusine indica). Dentre as opções de produtos para controle em pré-emergência, algumas moléculas apresentam alto custo por hectare, elevando o custo médio total do manejo, porém a utilização dos pré-emergentes deve ser considerada visando o controle dos novos fluxos de emergência nas áreas. Comparando os custos com os herbicidas alternativos aos custos do controle com glifosato, o qual é utilizado em áreas com plantas daninhas que não apresentam resistência, o aumento dos custos pode chegar de 4,7 (sem pré-emergente) à 9 vezes (com pré-emergente) o valor que seria gasto com a aplicação de glifosato apenas.
A utilização dos herbicidas pré-emergentes deve ser considerada, devido ao aumento na eficiência de manejo que ocorre em resposta à redução do banco de sementes destes biótipos, que, quando presentes na área, dificultam o controle (Sanchotene et al., 2017). Nestes casos, a utilização de herbicidas visando a redução do banco de sementes é a melhor opção devido aos problemas com dispersão de sementes de difícil controle e aumento da área contendo a resistência. A rotação de mecanismos de ação dos pré-emergentes também é importante para que não ocorra a pressão de seleção e com isso novos casos de resistência, que trazem prejuízos a longo prazo (Polles, 2019).
Após o banimento do paraquate o mercado de herbicidas apresentou variações nas cotações dos produtos, associados também ao aumento do dólar nos últimos meses. O herbicida alternativo do mesmo mecanismo de ação (diquate) apresentou elevação de custo e percebese, tanto considerando aplicação de préemergentes como controle apenas em pósemergência, a similaridade em valores das aplicações de diquate e de glufosinato nas operações de dessecação.
A grande variação entre custo mínimo e máximo no manejo da resistência múltipla é atribuída ao fato de que cada espécie demanda um manejo distinto e de que a escolha do manejo leva em consideração a infestação, a dose e a necessidade de aplicações sequenciais para elevar o nível de controle e, na maioria das vezes, há mais de uma opção a ser considerada no manejo (EMBRAPA, 2015). Ainda em relação ao custo mínimo de controle há grande variação quando consideramos a eliminação do paraquate nas operações de manejo, passando o custo mínimo de dessecação de R$ 40 ha-1 com paraquate, para R$ 76 ha-1 com diquate ou R$ 90 ha-1 com glufosinato.
Um dos principais e mais preocupantes cenários é a presença de infestação de buva apresentando resistência múltipla e capim amargoso nas áreas de produção. Nestes casos, o custo máximo de controle pode chegar à R$ 570,37, valor 165% acima do custo estimado para herbicidas pelo IMEA (2021) na cultura da soja. A Figura 3 ilustra custos médios do controle químico em diferentes cenários, baseados em dados de experimentos para controle das espécies (Albrecht et al., 2020; Cantu et al., 2019; Licorini et al., 2015; Takano et al., 2018; Ikeda et al., 2019; Souza et al., 2019).
Os cenários de controle levam em consideração aplicações de glifosato em associação com graminicida, seguido por uma sequencial de glifosato com auxínico e posteriormente aplicação de um produto de contato para controle da rebrota após a primeira aplicação, sendo considerados diquate, glufosinato ou saflufenacil. Todos os cenários são descritos na Tabela 2.
Em todos os cenários a média de controle em pré-emergência foi fixada em R$ 97,52, valor obtido pela média de custos de aplicação de diclosulam, sulfentrazone, s-metolachlor e flumioxazin, que são opções registradas para controle de ambas as espécies.
Os cenários variam de acordo com a infestação das espécies nas áreas, levando em consideração áreas com grande infestação de gramíneas, onde aplica-se primeiro graminicidas com sequencial de um produto de contato e outra aplicação de graminicida após o estabelecimento da cultura. Outro cenário possível, que ocorre quando há grande infestação de buva, o manejo inicia-se com aplicação de glifosato em associação com herbicidas auxínicos (dicamba ou triclopir), com sequencial de um produto de contato e aplicação de inibidores da ALS (cloransulam) após emergência da cultura.
A aplicação em pós-emergência após a instalação da cultura da soja deve levar em consideração a necessidade de controle das espécies remanescentes, variando o custo em pós-emergência de R$ 158,71 no caso da aplicação de glifosato + graminicida + ALS e de R$92,04 no caso da aplicação de glifosato + graminicida.
Avaliando o aumento nos custos para realização de controle químico constata-se que a elevação nos custos médios no caso de resistência múltipla aumenta a participação dos herbicidas na composição dos custos de defensivos em soja de 25,9% para 35,8% e no custo total de produção, de 5,51% para 8,51%. Desta forma o manejo integrado de plantas daninhas deve ser considerado como opção para redução da infestação destas espécies, utilizando além do método químico, o preventivo, cultural, físico e mecânico.
Conclusões
Há um aumento nos custos de produção de soja em áreas que apresentam infestação de plantas daninhas apresentando resistência múltipla à herbicidas no Brasil, quando comparada somente a presença de resistência a glifosato, em que segundo as estimativas apontadas tem-se aumentos de 33,7% até 173% nos custos de controle estimados com herbicidas, baseado num custo total de produção de R$ 4.659,53 ha-1. O aumento nos custos é mais expressivo quando se considera a inclusão de herbicidas pré-emergentes no manejo. Porém, trata-se de uma ferramenta importante para redução do banco de sementes e controle das espécies resistentes das áreas de cultivo.
Neste cenário a utilização de métodos integrados no manejo de plantas daninhas são fundamentais para obtenção de resultados satisfatórios econômica e agronomicamente. Bem como a compreensão de que o recurso destinado ao controle das plantas daninhas é um investimento e não um simples gasto, pois se estas não forem adequadamente controladas irão causar impactos negativos muito maiores, já a curto prazo com a matocompetição.
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Fonte: Comitê de Ação a Resistência aos Herbicidas – HRAC-BR
[…] De acordo com estimativas divulgadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e pelo Imea (Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária), os gastos com defensivos agrícolas passaram de 12,3% nas safras de 2009/2010 para 21% na safra de 2019/2020, sendo que, deste percentual, 25% correspondem a gastos com herbicidas. […]
[…] De acordo com estimativas divulgadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e pelo Imea (Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária), os gastos com defensivos agrícolas passaram de 12,3% nas safras de 2009/2010 para 21% na safra de 2019/2020, sendo que, deste percentual, 25% correspondem a gastos com herbicidas. […]