Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro.

Mais uma vez tivemos que sentir a água no pescoço para apreender a nadar. Lamentavelmente o ser humano não gosta de se antecipar aos fatos. Prefere sentir o problema na carne, para depois tomar previdências. E isso vale para todos; de cima a embaixo: lideranças, autoridades, políticos e a população. O problema do risco da Coronavírus vem sendo falado ha mais de dois meses, iniciada na China, e nós ficamos achando que isso não chegaria aqui.

A velha máxima de que “isso só acontece com os outros”, continuou presente entre nós. A mídia mundial, com alguns exageros é  bem verdade, vem divulgado as opiniões dos especialistas alertando que a proliferação do vírus é estratosférica, mas nos no Brasil, principalmente, continuamos acreditando que não nos atingiria. O governo federal dizia que estava consciente e tomando as providencias preventivas.

O governo do Estado da mesma forma. A população não foi advertida  em tempo que precisávamos nos agilizar, pois já tínhamos exemplos na China e na Itália. As pessoas continuaram cuidando apenas do seu caso e não do coletivo. Mais uma vez imperou o individualismo. Faltou união e conscientização. Demoramos para tomar medidas mais radicais de proteção.  Em SC ate estamos sendo mais ágeis por parte do governo, porem, a população está demorando em acreditar.

As medidas restritivas decretadas pelo governo catarinense são importantes e necessárias e todos reconhecem, entretanto, ainda tem gente achando que não precisa. Alguns reclamando e se preocupando só com o econômico, quando a saúde é o principal; outros achando que na sua cidade ou no seu reduto a doença não chega. Pura ilusão. A união de todos mais uma vez e a comprovação de que juntos poderemos superar problemas.

Portanto, precisamos todos nos ajudar na campanha de maneira coletiva. E verdade o que algumas lideranças defendem que nem tudo pode parar, porque senão se não morrem com a doença, morrem de fome, mas as flexibilizações precisam ser contidas. Cada um acha que o seu setor é essencial e quer liberação, mas se não houver rigidez, não vai resolver o esforço das autoridades.  Portanto, sejamos coerentes: vamos pedir liberação apenas do essencial mesmo, para o bem de todos, inclusive de quem quer alterar as normas pesando exclusivamente no seu negocio.  Se não controlarmos agora, o pior ainda virá. Pense nisso.



Fonte: Fecoagro

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