Ocorre no próximo dia 3, na cidade de Campinas (SP), o evento Agro Summit 2025, encontro dedicado exclusivamente a softwares de gestão e tecnologias para o agronegócio. Na ocasião, o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), apresenta seus projetos Drones SP, Unidade de Referência em Produtos Químicos e Biológicos e IAC-Quepia de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura.
Órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, o CEA-IAC estará representado no Agro Summit pelo pesquisador científico Hamilton Ramos. Ele mostrará no local, por exemplo, módulos de treinamento para instrutores e aplicadores de agrotóxicos ancorados em inteligência artificial. A inovação, da Unidade de Referência, inclui até mesmo óculos em 3D e um avatar do pesquisador Ramos, considerado uma das principais referências do país na área de tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas.
Resultante de uma parceria entre o CEA-IAC e o setor privado, a UR já treinou mais de 130 instrutores aptos a capacitar trabalhadores rurais para a atividade de aplicação de agrotóxicos. “A IA permite viabilizar programas didáticos específicos, acessíveis a todos os perfis de público”, resume Ramos.
Drones e redução de riscos com agrotóxicos
O pesquisador Ramos e sua equipe também levam ao Agro Summit 2025 o projeto Drones-SP, viabilizado por meio de uma parceria entre o CEA-IAC e a Fundação Coopercitrus-Credicitrus, braço da Coopercitrus de Bebedouro (SP), uma das maiores cooperativas agrícolas do país. A iniciativa tem por objetivo promover o uso correto de drones nas aplicações de defensivos agrícolas em pequenas, médias e grandes propriedades, segundo informa Ramos.
Como o uso de drones nas pulverizações ainda constitui uma tecnologia nova, o pesquisador entende ser necessário ampliar o treinamento de produtores para tirar o melhor resultado quanto à eficácia do equipamento no controle de pragas, doenças e plantas daninhas. “O agricultor precisa conhecer atuais limitações do equipamento em certas condições. Drone ainda não resolve tudo, embora seja promissor e potencialmente evolutivo.”
Outro programa de destaque do CEA-IAC já dura 18 anos, é também bancado com recursos privados e está centralizado na sede do órgão na cidade de Jundiaí (SP). Trata-se do IAC-Quepia de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura, focado na melhora dos padrões de qualidade e na certificação de vestimentas protetivas agrícolas, ou EPI agrícolas, empregados por trabalhadores rurais no manejo de agrotóxicos.
“Os EPI contam com a incorporação contínua de novos recursos tecnológicos. O trabalhador rural brasileiro está cada vez mais seguro e não sabe”, diz Ramos. Segundo Hamilton Ramos, o trabalho de pesquisa do programa IAC-Quepia resultou na queda das reprovações de qualidade de EPI agrícolas fabricados no Brasil, que eram da ordem de 80% do montante analisado em laboratório, em 2010, para os atuais menos de 20%.
Conforme Ramos, o laboratório IAC-Quepia é hoje o único da América Latina apto a prover ensaios de conformidade em EPI agrícolas, além de pesquisas com padrão internacional na área. O pesquisador é também membro do Consórcio Internacional de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura, formado por oito países, incluindo Estados Unidos e Alemanha.
Fonte: Assessoria de Imprensa IAC