O fenômeno La Niña deverá ser sentido no Brasil e deverá ter uma intensidade de fraca a moderada, devendo perder força no verão, de acordo com o alerta agroclimático da Rural Clima.
Conforme o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos, o Pacífico está com temperaturas muito baixas, o que sinaliza a vinda do fenômeno La Niña. “A temperatura quente no Atlântico Sul e fria no Atlântico Central favorece entrada de corredores de umidade e das chuvas mais frequentes no Sul do Brasil. Essa condição contribui para chuvas mais irregulares para a faixa central”, explica.
Santos ressalta que o pico do La Niña deverá ocorrer entre novembro e dezembro, mas que os efeitos do La Niña ainda poderão ser sentidos entre o fim de dezembro e o começo de fevereiro. “Mas os meses de fevereiro e de março não deverão mais ter reflexos diretos do La Niña”, informa.
O agrometeorologista sinaliza que, com a presença do La Niña, as chuvas pelo Brasil deverão ser regulares após a segunda metade de outubro e em novembro. “Já os meses de dezembro e janeiro podem ser marcados por chuvas mais irregulares no Centro-Sul do Brasil. O impacto do fenômeno La Niña poderá ser sentido no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, oeste do Paraná, sul do Mato Grosso do Sul e parte do Paraguai com algumas ocorrências de estiagem em dezembro e janeiro”, alerta. Ele acrescenta, porém, que a partir de fevereiro, as chuvas devem voltar a se normalizar no Rio Grande do Sul.
Previsões para o curto prazo
Santos disse que os próximos quatro dias poderão ter chuvas concentradas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, parte do Paraná, sul de Mato Grosso do Sul, Rondônia e em algumas áreas do Mato Grosso. “Nesse período, as demais áreas do Centro-Oeste e do Sudeste poderão receber eventuais pancadas de chuvas isoladas”, afirma.
Entre o período de 8 e 12 de outubro, as frentes frias devem ganhar mais amplitude pelo Brasil, trazendo chuvas melhores para a faixa central.
Entre 13 e 17 de outubro, cenário indica que chuvas devem ocorrer em praticamente todo o Brasil
Santos pontua ainda que a região do Mapito deve receber chuvas somente a partir do final de outubro e o começo de novembro.
Fonte: Arno Baasch/Safras News