As regiões produtoras que se estendem do Rio Grande do Sul ao sul de São Paulo podem sofrer com as baixas temperaturas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) alerta novamente para os riscos de geada que poderão atingir lavouras. A condição climática adversa pode impactar, principalmente, o desenvolvimento de milho 2ª safra e do trigo em estádios mais avançados.
Além das baixas temperaturas, a previsão esperada para todo o sul do país é de um clima mais seco. No Paraná, a falta de chuvas pode restringir as lavouras de milho 2ª safra em enchimento de grãos e de trigo em desenvolvimento, uma vez que a umidade no solo se encontra baixa. Já em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul a ausência de precipitações não tende a trazer grandes impactos, uma vez que o armazenamento hídrico no solo se mantém em níveis suficientes para o desenvolvimento das lavouras na próxima semana.
Assim como no Sul do país, não há previsão de chuvas para as regiões Centro-Oeste, Sudeste, Norte e para boa parte do Nordeste. Essa condição favorece a colheita das culturas de segunda safra, com destaque para o milho 2ª safra e para o algodão. No caso da fibra, o índice de colheita chega a 45,4% em todo o país. Em Mato Grosso houve avanço das operações de colheita, chegando a abranger 63,4% da área total cultivada. Por sua vez, em Mato Grosso do Sul, a colheita atinge 50% da área total cultivada sem registro de danos por geadas na última semana.
Já na região de Sergipe, Alagoas e Bahia (SEALBA), há expectativa de registro de baixo volume de chuva. No entanto cabe destacar que, nestes estados, a umidade no solo é suficiente para o desenvolvimento do feijão e do milho 3ª safra, principalmente, nos municípios mais próximos ao litoral. Na Bahia, as lavouras do grão iniciaram a fase de maturação, apresentando condições distintas, em razão do clima, especialmente a escassez de chuvas, e a semeadura em diferentes períodos.
Os dados completos estão na nova edição do Monitoramento de Geada – Safra 2020/21. Mais informações também estarão nos Boletins de Safra e no Boletim de Monitoramento Agrícola da Conab.
Fonte: Conab