A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha. A cultura teve avanço da semeadura para 73% da área projetada. A operação foi condicionada pela presença de umidade nos solos. Nas regiões onde o volume de chuvas foi superior a 10 mm, foi possível realizar a semeadura com umidade adequada; nas demais, os produtores realizaram o plantio mais cautelosamente, contando com a previsão de chuvas, ou adiaram para após a ocorrência de novas precipitações.

O desenvolvimento inicial da cultura apresenta-se um pouco lento devido à baixa umidade nos solos, às temperaturas muito elevadas no período da tarde, à baixa umidade relativa do ar e à presença de ventos do quadrante sul, que aumentaram a evapotranspiração real das plantas. As lavouras semeadas até dia 15/11 estão em estádio de desenvolvimento com emissão dos trifólios. As lavouras semeadas após 15/11 apresentam desuniformidade na emergência.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, em algumas localidades, a semeadura foi paralisada porque os volumes de chuva foram baixos, e o solo está muito seco para que ocorra boa germinação. No geral, as lavouras apresentam boa germinação e bom estabelecimento inicial. Com o atraso no ciclo de desenvolvimento das culturas de inverno, há também atraso da semeadura nos Campos de Cima da Serra, onde há cerca de 40 mil hectares de trigo e aveia que ainda não foram colhidos e, portanto, não foi liberado espaço para a semeadura da soja.

Na de Ijuí, a semeadura avançou de forma lenta e com condições de umidade do solo abaixo da adequada, mas alcançou 70% da área projetada. Nas localidades onde o volume de chuvas foi acima de 15 mm, a emergência é uniforme. As sementes em início de embebimento ou germinação, que estão depositadas no solo, não apresentam sintomas de deterioração até o momento.

Na de Pelotas, a semeadura avançou rapidamente para 72% depois das precipitações dos dias 22 e 23/11, mesmo que em volumes variados. Com a retomada da umidade ideal nos solos, será possível encerrar o plantio até a primeira metade de dezembro. Em alguns municípios, foi possível avançar mais e já se aproximar do final, como em Santa Vitória do Palmar, onde 92% foram semeados, e em Rio Grande, 88%. As lavouras estão com muito bom desenvolvimento e estande de plantas.

Na regional de Porto Alegre, houve avanço no plantio, beneficiado inicialmente pela ocorrência de chuvas que repuseram umidade nos solos. Contudo, já no final da semana, a operação foi suspensa devido à diminuição acentuada de umidade, às altas temperaturas e aos ventos fortes incidentes.

Na de Santa Rosa, na Fronteira Noroeste, com baixos volumes precipitados, não foi possível dar continuidade ao plantio nem às pulverizações de dessecação das áreas para o plantio devido à baixa umidade do solo. Nas Missões, onde o volume de chuvas foi superior a 15 mm, os agricultores, aproveitando a umidade, realizaram as operações. Assim, a área semeada atingiu 70% da prevista. Nos municípios próximos à fronteira com a Argentina (Doutor Mauricio Cardoso, Tucunduva e Novo Machado), o plantio da safra foi concluído, e uma nova implantação será realizada em janeiro de 2023, como safrinha. As lavouras semeadas em solo com baixas condições de umidade, e que aguardam as chuvas previstas para 21 e 22/11, apresentam falhas na germinação e provável redução de estande, que poderão acarretar a necessidade de uma ressemeadura ou redução no potencial produtivo, pois as chuvas foram insuficientes.

Comercialização (saca de 60 quilos)

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio apresentou redução de -0,29%, passando de R$ 172,94 para R$ 172,43.

Fonte: Informativo Conjuntural n° 1739, Emater/RS



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