Existe um conceito no setor agropecuário, que cada ano é uma história diferente. Dificilmente se pode dizer que uma safra é igual a outra. O sistema de plantio,  colheitas da safra anterior, tratos culturais, e comercialização podem ser os mesmos, mas os resultados ficam sempre a mercê de outras variáveis. Depende do clima, do mercado, e as vezes, até dos governos que podem baixar normas, e alterações tributárias, que acabam impactando nos resultados das atividades agrícolas.

Diante desses problemas, que fogem do controle dos agricultores, eles precisam se precaver com outras providências que possam compensar eventuais perdas involuntárias. Nesse caso, apenas atitudes dos agricultores podem minimizar seus riscos. Planejamento é um requisito indispensável em qualquer atividade, inclusive no meio rural. Fazer as contas com análises das alternativas de resultados, precisa estar presente na hora de definir o plantio.

Neste ano em especial, há que se ter maior atenção. O agricultor está relativamente descontente, devido à queda dos preços dos grãos. Embora estudos mostrem que mesmo com os preços das commodities em baixa se comparados com o ano passado, os custos de produção ainda asseguram resultados positivos para as atividades.  Para isso precisa se manter um bom nível tecnológico na implantação das lavouras.

O que se tem ouvido nos últimos dias é a intenção dos agricultores de reduzir o uso de tecnologia, especialmente nas sementes de milho e nos fertilizantes, a fim de baratear o custo da lavoura. Trata-se de uma atitude arriscada. Redução de tecnologia, sem sombra de dúvidas reduz a produtividade, e isso é uma conclusão técnica e não de achismo. O custo-benefício deve ser sempre levado em conta na hora da definição de plantio. Economizar deve estar no radar, mas economia sem planejamento, pode ser negativo.

O agricultor não deve olhar somente o valor nominal da produção. Não adianta comparar preços de safras anteriores. Precisa considerar os resultados. Quanto custou, quanto colheu e quanto sobrou. A produtividade é primordial, especialmente em épocas de queda de preços dos grãos. Ganância pode levar a prejuízos lá na frente.

Portanto, maior produtividade na mesma área se consegue com mais tecnologia que também não quer dizer maior volume e sim conteúdo, ingredientes nos produtos. Mais tecnologia sem dúvida é maior produtividade, e consequente melhor colheita pode compensar os custos de produção. Faça essa conta. As cooperativas estão aptas a fornecer os melhores produtos. As cooperativas não vendem só preço. Vendem resultados. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro/SC.

Autor: Por Ivan Ramos diretor-executivo da Fecoagro/SC.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.