Um novo modelo de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a região Nordeste começará a ser elaborado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O ponto de partida será a reunião técnica do projeto de pesquisa da Embrapa Avaliação de Riscos e Resiliência Agroclimática (Arra), na próxima quarta-feira (24), na sede da Sudene, em Recife.

Na reunião serão debatidos e selecionados os sistemas de produção mais promissores para as áreas de maior vulnerabilidade e escassez de água por falta de chuva. Os sistemas selecionados terão prioridade nas ações do ZARC, destacando suas vantagens para orientar e estimular sua adoção por produtores da região.



As unidades da Embrapa no Nordeste, Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) irão selecionar focos de atuação, sistemas de produção com maior potencial transformador e chances de obterem sucesso, bem como alternativas para geração de renda, emprego e sustentabilidade à agricultura do Nordeste.

Terão maior atenção as práticas agronômicas e alternativas viáveis levando em conta culturas solteiras (dedicadas de forma isolada à agricultura ou à pecuária), sistemas integrados, anuais e ou perenes (permanentes), associados a animais ou não, Integração lavoura, pecuária, floresta (ILPFs) e suas variações.

“Estamos reunindo conhecimento e casos de sucesso que reduzem o risco climático na produção agrícola na região e melhoram a renda do produtor. Precisamos fortalecer os mecanismos que promovam o uso massificado dessas soluções e os programas e políticas do Mapa são fundamentais nesse processo, à medida que podem incentivar os sistemas de produção mais adequados”, disse o coordenador da Rede Zarc-Embrapa, Eduardo Monteiro,

A partir da criação de zoneamento específico para essas áreas ficará mais fácil obter financiamento agrícola e a proteção contra a quebra de safra pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).
Com isso, o Mapa deve promover uma mudança gradual de culturas locais, muito vulneráveis ao clima, para sistemas de produção agropecuária menos sujeitos à seca e à falta de água.

O Zoneamento de Risco determina a época mais adequada de plantio levando em conta o tipo de cultura, o solo de cada região e a indicação de risco envolvida na produção em cada decêndio (dez dias) para que o produtor faça o plantio no momento mais adequado, minimizando prejuízos pelo risco de problemas climáticos nas lavouras.

Fonte: Mapa


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