Vendas retraídas: as estimativas da comercialização do cereal para Mato Grosso, foram atualizadas neste mês. Segundo o relatório divulgado nesta segunda-feira, para a safra 2019/20 os negócios avançaram 1,17 p.p. no comparativo mensal, totalizando 97,90% da produção já vendidas.
O preço médio foi o destaque, apresentando um aumento de 5,96%, mesmo com o recuo nas cotações no mercado disponível nas últimas semanas do mês. Já para a próxima temporada, 62,69% do milho foi negociado pelos produtores, e a região norte foi estimada como a mais adiantada, apontando 73,38%. No que se refere aos preços da safra 2020/21, a elevação foi mais tímida (0,77%), sendo precificada à média de R$ 43,50/sc. Por fim, a 2021/22 que registra recorde nos negócios para o período, alcançou 6,65% da produção esperada e com preço médio comercializado no mês de R$ 39,95/sc.
Confira os principais destaques do boletim:
• O indicador Imea- MT recuou 3,62% no comparativo semanal, cotado a R$ 61,23/sc, após queda nas cotações da moeda norteamericana e redução dos negócios no mercado disponível.
• A cotação do milho em Chicago, (CMEGroup corrente), fechou a semana em queda de 1,17% ante a semana passada, na média de US$ 4,19/bu.
• A cotação do cereal na B3 finalizou em queda de 6,78% em relação à semana passada, a R$ 74,17/sc.
• A base MT- CME recuou 4,50% e finalizou a média semanal com diferença de R$ 9,47/sc entre as praças de MT e Chicago. A queda do milho no estado justificou o percentual negativo.
VOLUME E SHARE: foram divulgados pela Secex, os embarques do milho brasileiro para o mês de novembro. De acordo com os dados apresentados, foi visto que os volumes do grão
perderam ritmo ante o mês anterior e somaram 4,89 milhões de toneladas destinadas ao mercado externo, volume que ainda conseguiu ficar acima ao do mesmo mês do ano anterior.
Com isso, Mato Grosso foi responsável por 54,35% do embarque nacional em nov/20, totalizando 2,65 milhões de toneladas escoadas entre os principais destinos: Irã, Vietnã e Japão. Assim, no acumulado do ano, é visto que o share de MT nas exportações brasileiras em 2020 foi inferior ao ano de 2019, aos quais apontaram 65,65% e 73,79% do volume total exportado nacional (jan. a nov.), respectivamente.
Resultado deste desaceleramento em MT pode ser visto pela menor disponibilidade de milho e crescimento do consumo interno, de 25,80% em relação à safra passada, segundo o último relatório de O&D divulgado pelo Instituto.
Fonte: IMEA