O mercado brasileiro de algodão perdeu força na segunda semana de junho, refletindo a menor demanda pela pluma. O preço da fibra no CIF do polo industrial de São Paulo chegou a R$ 7,80 por libra-peso nesta quinta-feira (9), ante R$ 8,00 do dia 02. Comparado ao mesmo período do mês passado, a queda foi de 1,27% (R$ 7,90/lb), e ante igual momento do ano passado, os ganhos foram de 54,46% (R$ 5,05/lb).
No FOB exportação do porto de Santos/SP, a pluma brasileira encerrou cotada a 163,76 centavos de dólar por libra-peso. Ante o vencimento de dezembro de 2022, com o maior número de contratos em aberto na ICE US, ficou 31,08% superior, contra 16,40% superior da véspera.
A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2021/22 está estimada em 2,815 milhões de toneladas, alta de 19,3% na comparação com as 2,359 milhões de toneladas indicadas na safra 2020/21. Os números fazem parte do nono levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2021/22, divulgado hoje. No levantamento anterior, foram 2,820 milhões de toneladas.
A produtividade das lavouras está estimada em 1.759 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.721 quilos na temporada 2020/21. A área plantada com algodão na temporada 2021/22 está estimada em 1,600 milhão de hectares, elevação de 16,8% na comparação com os 1,370 milhão de hectares da safra passada.
O Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 1,985 milhão de toneladas, número que representa um avanço de 22,8% ante 2020/21, quando foram produzidas 1,617 milhões de toneladas.
A Bahia, segundo maior produtor de algodão, deve colher 577,9 mil toneladas de algodão em pluma, elevação de 14,1% sobre 2020/21 (506,6 mil toneladas). Goiás deverá ter uma safra 2021/22 de 49,2 mil toneladas, com acréscimo de 6,3% sobre 2020/21 – 46,3 mil toneladas.
Fonte: Agência SAFRAS
