O mercado brasileiro de milho deve iniciar a semana com cautela nos negócios. Os produtores têm postura comedida no avanço de fixação de oferta, avaliando pontos como armazenagem, logística, preços internacionais do cereal e câmbio. Neste contexto, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em queda, enquanto o dólar registra alta frente ao real. Os consumidores alegam postura confortável em relação aos estoques e acompanham o avanço da colheita da safrinha brasileira, no aguardo de uma queda mais significativa nas cotações.
O mercado brasileiro de milho teve uma sexta-feira de preços estáveis e negociações travadas. As atenções nas notícias estiveram ligadas ao relatório de oferta e demanda de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta sexta-feira.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 60,00/63,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 58,00/62,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 48,00/52,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 49,00/51,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 54,00/55,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 61,00/63,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 46,00/49,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 40,00/R$ 44,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 40,50/42,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em setembro de 2023 operam com baixa de 4,00 centavos, ou 0,84%, cotados a US$ 4,70 1/2 por bushel.
* Apesar do indicativo de corte na safra dos Estados Unidos feito pelo Departamento de Agricultura do país (USDA) na última sexta-feira (11), o mercado é pressionado por um cenário externo desfavorável. Os preços do petróleo tem baixa em Nova York, enquanto o dólar avança frente a outras moedas correntes. Os investidores, por sua vez, aguardam o relatório de condições das lavouras norte-americanas, que sai no final da tarde.
* Os Estados Unidos deverão colher 15,111 bilhões de bushels na temporada 2023/24, abaixo dos 15,320 bilhões indicados em julho. O mercado trabalhava com uma estimativa de produção de 15,126 bilhões de bushels. A produtividade média em 2023/24 deve atingir 175,1 bushels por acres, abaixo dos 177,5 bushels por acres apontados no mês passado, mas acima dos 175,4 bushels por acre esperados pelo mercado.
* Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 foram estimados em 2,202 bilhões de bushels, abaixo dos 2,262 bilhões de bushels previstos no mês passado e dos 2,179 bilhões de bushels esperados pelo mercado. Os estoques finais de passagem da safra 2022/23 foram estimados em 1,457 bilhão de bushels, acima dos 1,402 bilhão de bushels indicados em julho e dos 1,400 bilhão de bushels previstos pelo mercado.
* A safra global 2023/24 foi projetada em 1.213,50 milhão de toneladas, contra as 1.224,47 milhão de toneladas indicadas em julho. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2023/24 em 311,05 milhões de toneladas, abaixo das 314,12 milhões de toneladas indicadas no mês passado e das 314,2 milhões de toneladas previstas pelo mercado. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2022/23 em 297,92 milhões de toneladas, acima das 296,9 milhões de toneladas previstas pelo mercado e das 296,30 milhões de toneladas indicadas no mês passado.
* Sexta-feira (11), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 4,74 1/2 por bushel, baixa de 8,75 centavos de dólar, ou 1,81%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro fechou a sessão a US$ 4,87 1/4 por bushel, recuo de 9,00 centavos de dólar, ou 1,81%.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra alta de 0,62% a R$ 4,9366. O Dollar Index registra valorização de 0,35% a 103,20 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam em baixa. Xangai, -0,34%. Japão, -1,27%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris. -0,17%. Frankfurt. + 0,24%. Londres. -0,48%.
* O petróleo opera em baixa. Setembro do WTI em NY: US$ 82,02 o barril (-1,40%).
Fonte: Agência Safras