O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira lentidão nos negócios, diante do foco dos agentes na evolução climática e na colheita da safrinha, fatores que podem alterar as cotações no curto prazo. O cenário internacional também incentiva um ambiente travado, com os principais formadores de preço operando em direções opostas: a Bolsa de Mercadorias de Chicago sobe, enquanto o dólar recua frente ao real.
O mercado brasileiro de milho voltou a apresentar um ambiente de negócios travado nesta quarta-feira, com foco no clima e cotações sem maiores alterações. Na última madrugada foram registradas temperaturas negativas e próximas a zero no Sul do país e no Sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.
Segundo a Safras Consultoria, os produtores estão adotando postura cautelosa na fixação de oferta e os consumidores atuam de maneira comedida, com alguns mais ativos para fechamento de necessidades pontuais. Atenções estão voltadas também para o dólar, para o movimento dos futuros do milho e para a paridade de exportação.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 65,00/70,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 65,00/69,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 60,00/62,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 65,00/68,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 70,00/73,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 69,00/70,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 62,00/65,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 50,00/53,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 49,00/53,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em setembro estão cotados a US$ 4,06 1/4 por bushel, alta de 1,25 centavo de dólar, ou 0,30%, em relação ao fechamento anterior.
* O mercado se firma em território positivo, tentando recuperar parte das perdas após atingir os menores níveis de preços desde outubro de 2024. A valorização do petróleo em Nova York e a fraqueza do dólar frente a outras moedas contribuem para o movimento de correção nas cotações do cereal.
* Além disso, os investidores operam em compasso de espera pelo relatório de exportações semanais do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que sai logo mais. Analistas esperam vendas entre 650 mil e 1,4 milhão de toneladas.
* Ontem (25), os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam com baixa de 1,75 centavos, ou 1,75%, cotados a US$ 4,05 por bushel. Os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com recuo de 6,50 centavos, ou 1,51%, cotados a US$ 4,22 1/2 por bushel.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera em baixa de 0,39%, cotado a R$ 5,5356. O Dollar Index registra desvalorização de 0,43% a 97,26 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, -0,22%. Japão, +1,65%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices firmes. Paris, +0,05%. Frankfurt, +0,35%. Londres, +0,33%.
* O petróleo opera com preços mais altos. Agosto do WTI em NY: US$ 65,14 o barril (+0,33%)
AGENDA
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– Japão: A taxa de desemprego de maio será publicada às 20h30 pelo departamento de estatísticas.
—–Sexta-feira (27/06)
– Reino Unido: A leitura revisada do PIB do primeiro trimestre será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.
– Eurozona: A leitura revisada da confiança do consumidor de junho será publicada às 6h pela Comissão Europeia.
– A FGV divulga, às 8h, o IGP-M referente a junho.
– O IBGE divulga, às 9h, a Pnad Contínua referente a maio.
– O Ministério do Trabalho divulga os dados de maio do Caged.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Fonte: Pedro Carneiro / Safras News