O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de boa evolução nos negócios. Os consumidores voltaram a atuar de maneira mais ativa no quadro doméstico, enquanto as exportações evoluem de maneira aquecida. No contexto internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em alta, enquanto o dólar cai frente ao real.
O mercado brasileiro de milho se deparou com excelente fluxo de negócios nesta quarta-feira. Consumidores do mercado interno e, principalmente, exportadores atuaram ao longo do dia. Estados como Goiás, Mato Grosso e Paraná apresentaram importante volume de negociações. Segundo a Safras Consultoria, a movimentação cambial foi muito importante nesse sentido, oferecendo melhora nos preços nos portos, assim como o comportamento da Bolsa de Chicago em meio a preocupações climáticas no Meio Oeste norte-americano.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 66,00/67,00 (compra/venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 65,00/67,00 (compra/venda) a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 55,00/57,00 (compra/venda) a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 55,00/58,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 60,00/62,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 65,00/66,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 51,00/52,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 48,00/50,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 43,00/45,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em dezembro de 2024 operam com avanço de 1,25 centavo, ou 0,29%, cotados a US$ 4,19 1/4 por bushel.
* O mercado é sustentado pelas previsões de um clima quente e seco para o Meio Oeste dos Estados Unidos. Contudo, a perspectiva de uma ampla oferta global e o recuo do petróleo em Nova York limitam uma maior positividade na sessão. Por fim, os agentes ainda digerem as vendas líquidas estadunidenses de milho, que indicaram uma demanda aquecida pelo cereal do país.
* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2023/24, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 331.400 toneladas na semana encerrada em 18 de julho. O Japão liderou as compras, com 122.400 toneladas.
* Para a temporada 2024/25, foram mais 745,2 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 475 mil e 1,2 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
* Ontem (24), os contratos de milho com entrega em setembro de 2024 fecharam a US$ 4,03 3/4 por bushel, alta de 1,25 centavo de dólar, ou 0,31%, em relação ao fechamento anterior. A posição dezembro de 2024 fechou a sessão a US$ 4,18 por bushel, avanço de 0,75 centavo de dólar, ou 0,17%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra baixa de 0,29%, em R$ 5,6400. O Dollar Index registra desvalorização de 0,07% a 104,32 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços fracos. Xangai, -0,52%. Japão, -3,28%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices baixos. Paris, -1,89%. Frankfurt, -1,04%. Londres, -0,31%.
* O petróleo opera em queda. Setembro do WTI em NY: US$ 76,54 o barril (-1,35%).
AGENDA
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Resultado financeiro da Vale, após o fechamento do mercado.
—–Sexta-feira (26/07)
– A empresa química alemã Basf publica seus resultados trimestrais.
– EUA: O índice PCE, que mede os gastos individuais, bem como os dados sobre a renda e gastos pessoais de junho serão publicados às 9h30 pelo Departamento do Comércio.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Autor/Fonte: Pedro Carneiro / Safras News