O mercado brasileiro de soja deve ter mais um dia de poucos negócios, com os dois principais formadores de preços sem tendência definida e oscilando dentro de pequenas margens. A Bolsa de Mercadorias de Chicago tem leve alta, buscando uma recuperação bastante limitada pelo quadro fundamental baixista. Já o dólar abriu praticamente estável frente ao real.

Na quarta-feira, o mercado brasileiro de soja registrou poucos negócios. Segundo Rafael Silveira, analista da consultoria Safras & Mercado, a movimentação foi mais fraca, especialmente nos portos, em meio à nova queda dos contratos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT) e à forte desvalorização do dólar. Os prêmios seguem firmes, mas não reagiram com força. No mercado spot, as cotações recuaram levemente, com pouca oferta disponível.

No interior, os preços seguem descolados da lógica de paridade de exportação. As referências locais é que têm determinado os valores, com spreads elevados entre vendedores e compradores (em alguns casos, de R$ 5 a R$ 6 por saca), mesmo com prazos de pagamento mais estendidos. Esse cenário tem limitado o fechamento de negócios, mesmo com um basis ainda bastante favorável ao produtor. A oferta segue contida, com o produtor segurando soja e pressionando a indústria, enquanto os compradores, enfrentando margens apertadas, mantêm ofertas cadenciadas. O resultado é um mercado com poucos lotes e volumes pequenos sendo negociados.

No mercado físico, os preços regionais oscilaram pouco. A saca de 60 quilos seguiu cotada em R$ 132,00 em Passo Fundo (RS) e em R$ 133,00 em Santa Rosa (RS). No porto de Rio Grande (RS), o valor recuou de R$ 141,00 para R$ 139,00.

Em Cascavel (PR), a cotação subiu de R$ 133,00 para R$ 134,00, enquanto no porto de Paranaguá (PR) caiu de R$ 140,00 para R$ 139,00.

Em Rondonópolis (MT), o preço avançou de R$ 122,00 para R$ 123,00. Em Dourados (MS), recuou de R$ 123,00 para R$ 121,50. Já em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 123,00 para R$ 125,00.

CHICAGO

* A Bolsa de Mercadorias de Chicago tem alta de 0,27% na posição novembro/25, cotado a 9,87 1/4 centavos de dólar por bushel.

* Sem direção definida, o mercado ensaia um movimento de correção técnica após recuar aos menores níveis desde abril. No entanto, as cotações seguem pressionadas pela expectativa de colheitas volumosas nos Estados Unidos.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,06%, a R$ 5,4664. O Dollar Index registra ganho de 0,10%, a 98.278 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerram com ganhos. Xangai, +0,16%. Tóquio, +0,66%.

* A maioria das bolsas da Europa opera com ganhos. Paris, +1,13%. Frankfurt, +1,59%. Londres, -0,71%.

* O petróleo tem preços mais altos. Setembro do WTI em NY: US$ 64,85 o barril (+0,77%).

AGENDA

—–Quinta-feira (7/08)

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.

– A Anfavea divulga, às 10h, os dados de exportação, importação e produção de veículos referentes julho.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

– Resultado financeiro da Petrobras e da Rumo, após às 17h.

—–Sexta-feira (8/08)

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

– China: O índice de preços ao consumidor de julho será publicado às 22h30 pelo departamento de estatísticas.

– China: O índice de preços ao produtor de julho será publicado às 22h30 pelo departamento de estatísticas.

Fonte: Safras News



 

FONTE

Autor:Safras & Mercado

Site: Safras News

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