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Rússia também restringirá exportações de fertilizantes para conter os preços internos do produto

O Ministério das Finanças da Rússia anunciou que planeja restringir temporariamente a exportação de fertilizantes de nitrogênio e fosfatos para reduzir os preços internos de ambos os insumos agrícolas. A medida incluirá fertilizantes nitrogenados, fosfato diamônio, fosfato monoamônio (MAP), fósforo e potássio, de acordo com a consultoria internacional ICIS especializada em informações no setor de energia e química. Isso não é uma boa notícia para o setor agrícola porque a Rússia é um dos maiores exportadores mundiais de fertilizantes de nitrogênio e fosfato. Além disso, a China – outro grande país exportador – fez um movimento semelhante semanas atrás.

“Durante os primeiros nove meses de 2021, as exportações de fósforo da China totalizaram 10 milhões de toneladas, 45% a mais que no período do ano anterior, mas as exportações devem diminuir no quarto trimestre do ano e em 2022 como resultado da diretriz da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China que limita novas exportações para garantir o abastecimento adequado à demanda interna”, diz o último relatório de resultados publicado esta semana pela empresa norte-americana The Mosaic Company.

Por outro lado, a crise de energia – gerada em grande parte pelas perturbações causadas pela pandemia Covid-19 – disparou os valores internacionais do gás natural, que é um insumo crítico para a produção de fertilizantes de nitrogênio, a níveis incrivelmente altos.
“A perspectiva global para o nitrogênio permanece forte, impulsionada por fortes fundamentos na demanda, baixos estoques globais e poucas compras antecipadas até agora nesta temporada”, observou a empresa norueguesa Yara em seu último relatório de lucros trimestrais. “As projeções de consultores do setor mostram um crescimento da capacidade global de produção de nitrogênio em 2022, mas, como em 2021, esse crescimento deve ser menor do que o aumento da demanda global. Os cortes de oferta de nitrogênio previstos para o inverno (no hemisfério norte) na Europa provavelmente vão gerar uma situação de mercado ainda mais tensa em 2022”, alertou.

Os fertilizantes são um fator crítico para sustentar os rendimentos atuais das safras em geral e dos cereais em particular, portanto, um aumento substancial no preço destes certamente terá algum impacto nas próximas safras a serem alcançadas em 2022. Fonte: Valorsoja.

RIO GRANDE DO SUL: Baixas voltam para buscar os avanços da semana, perdas de até R$ 4,50
Nesta quinta-feira o mercado deu uma reviravolta e marcou considerável perda de valor. Claro, isto já era esperado, o estranho era que continuassem ocorrendo valorizações em meio às perdas de Chicago (-1,73%) e leve alta do dólar (0,29%). Dito isso, o mercado manteve-se com os melhores preços abaixo dos preços do dia anterior em até R$ 4,50. Os preços vistos no porto para entrega ainda neste mês e recebimento em junho de 2022 bateram em R$ 178,00, queda de R$ 2,50 em relação as últimas indicações. Os preços de pedra por sua vez alcançaram os patamares de R$ 158,00, se desvalorizando em R$ 2,00. Por fim, no mercado de lotes, as fábricas contaram com predominância no mercado, portanto a maior relevância esteve em suas cotações. O movimento decaiu de forma proporcional aos preços e não mais de 5.000 toneladas foram negociadas.

SANTA CATARINA: Mercado continua queda, sacas se desvalorizam em outros R$ 4,00
Nesta quinta-feira o grande baque que já estava a demorar foi sentido, com a falta de oferta juntamente a dissolução da demanda dada a competição, os preços deslizaram sem segurança. O dólar até se recuperou um pouco subindo em 0,29%, mas não abatendo nem 1/3 das perdas de ontem. Chicago contou também com nova perda de outros 1,63% sendo o golpe final nos preços para o Brasil. Com dois componentes relevantes dos preços do país seguindo sem força, os preços do porto de São Francisco do Sul alcançaram marcas de R$ 166,00 nos melhores momentos, com nada de negócios a se relatar.

PARANÁ: Paraná ainda em queda, perdas de mais R$ 1,50/saca em Paranaguá

No Paraná a situação só se deteriora, com nenhum interesse para negócios. Os volumes que continuam insistindo em permanecer guardados só perdem terreno. O lucro mostra-se cada vez menor e o potencial de valorização cai de forma diretamente proporcional. Os preços pelas medidas do dólar e Chicago ficaram negativas em 1,34%, mas, com o quadro de demanda interna do Estado a situação se vê ainda mais crítica, nada de volumes foi escoado hoje.

MATO GROSSO DO SUL: Com quedas de R$ 3,00/saca nos preços, mercado continuou na defensiva
Abre-se quinta-feira e o mercado já acumula perdas de R$ 8,00/saca pela semana toda. A fragilidade da demanda interna continua chamando atenção, não há muita demanda e mesmo que houvesse, o produtor se mostra especialmente defensivo, nada acontece no mercado a mais de uma semana, os volumes guardados custando em forma de armazenamento se mostram cada vez mais pesados e é aconselhado que uma decisão seja tomada pois no curto prazo não há previsão de retornos consideráveis de preços.

SOJA MG: Quedas de mais R$ 3,00/saca, nenhum movimento a vista
Indicações de MG não mudam e as ideias do produtor também não. Há algum tempo foi dito nestes relatórios que não haveriam volumes a R$ 180,00 mais para o fim do ano. O quadro de oferta mundial é muito específico e os estoques estão bastante maiores dos imaginados emjulho. O que ocorre com os volumes segurados agora é bastante perigoso, pois o mercado se move de acordo com uma lógica interna movimentada pelos big players, o simples achismo pode gerar perdas bastante consideráveis.



Fonte: T&F Agroeconômica

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