O mercado doméstico de arroz encerra a penúltima semana de março tem preços firmes, apesar do avanço da colheita no Brasil. “A ponta vendedora segue distante das negociações, aguardando melhores condições para retomar a comercialização”, destaca o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.

A média da saca de 50 quilos de arroz em casca no Rio Grande do Sul fechou a quinta-feira (23) cotada a R$ 84,81, apresentando um avanço de 0,16% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, houve uma alta de 0,53% e um aumento de 10,77% quando comparado ao mesmo período de 2022.

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Segundo ele, o cereal deve manter preços firmes na temporada 2023/24, iniciada em março. “O dólar em patamares elevados favoreceu muito as exportações de arroz no segundo semestre de 2022, com volumes recordes sendo alcançados, como foi o caso do mês de outubro”, relata. O pico foi alcançado em meados de janeiro, embora agora em março o ritmo esteja mais brando. Com os embarques escoando a oferta e limitando a disponibilidade interna, as cotações foram alavancadas.

Em arroz em casca, o país exportou na temporada 2022/23, março a fevereiro, 918,8 mil toneladas, contra 335,2 mil toneladas em 2021/22. Destaque para os embarques para o México, com mais de 456 mil toneladas embarcadas em 2022/23.

Por outro lado, o consultor indicou que as importações também cresceram na temporada, o que limitou avanços nas cotações. Mas, o viés é altista para 2023/24, com o estoque ao final da temporada 2023/24 devendo cair para 491 mil toneladas, com queda de 47% em relação à temporada anterior (929 mil toneladas). “Teremos estoques pequenos ao final da temporada 2023/24, um indicativo de suporte nos preços na temporada”, afirmou.

A produção brasileira 2023/24 é estimada por SAFRAS & Mercado em 10,366 milhões de toneladas, contra 10,977 milhões de toneladas (-6%), e essa oferta menor tende a reduzir os estoques e sustentar as cotações.

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Fonte: Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS

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